Tino Gomes será um dos homenageados do 38º Festival Psiu Poético. A atração é organizada pelo Grupo de Literatura e Teatro Transa Poética, em parceria com a Prefeitura de Montes Claros. O evento está agendado para acontecer de 4 a 12 de outubro.
Natural de Montes Claros, desde criança Tino já tocava violão. Dos 10 aos 16 anos, quando foi seminarista, participou do coro e do teatro do seminário, atuando em dramas e comédias. Após seis anos, largou a casa religiosa e, em sua terra natal, ainda adolescente, montou sua primeira banda de rock, “The Wilds”, onde se apresentava em bailes da cidade.
Em 1972 deu seus primeiros passos em sua história musical profissional a partir dos palcos da peça “Morte e Vida Severina”, em São Paulo, quando, junto com mais três atores (Charles Boavista, Angela Linhares e Eliane Steves) fundou o “Grupo Raízes”, cuja proposta era fortalecer a música regional do Brasil.
O primeiro disco do grupo tinha como carro chefe a música “Desentoado” (“…eu sou fruta do norte, no curral sou boi de corte; sou água de enxurrada, pau preto no pé da serra…”) de autoria de Tino Gomes e Charles Boavista, sendo tocada em todo o território nacional. Essa era a época efervescente da música regional brasileira, quando surgiram vários grupos conhecidos, tais como Quinteto Violado, Banda de Pau e Corda, Quinteto Armorial, Novos Baianos e outros.
Participou de vários festivais nacionais e internacionais, atuando como músico e dançarino, representando a cultura e a tradição do norte de Minas. Formou, em 1978, o grupo “Terno de São Benedito”, quando gravou seu primeiro disco solo, “Saudação”, que teve como produtor e diretor musical o cantor e compositor Ivan Lins.
No sétima arte, trabalhou em vários filmes, entre eles o premiado filme de Carlos Alberto Prates “Minas Texas”, ao lado de Andréa Beltrão, José Dumont e Tony Ramos, e o recém lançado “Meu Pé de Laranja Lima”, do diretor Marcus Bernstein. Também contracenou com o ator João Miguel no filme “Matraga – A hora e vez de Augusto Matraga”, do diretor Vinícius Coimbra, ainda inédito no circuito comercial. Na televisão, foi apresentador de dois programas em BH: o irreverente “Brechó do Troca-Troca” e o “Programa Clandestino”. Também participou das novelas globais “Caminho das Índias” e “Malhação” e da minissérie “A Cura”.
Tino ficou muito contente em ser um dos homenageados no festival: “toda vez que tenho algum reconhecimento pelo que já fiz pela cultura, eu fico muito feliz”, disse. (HÉLDER MAURÍCIO)
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