Forças Armadas vão permitir alistamento militar feminino em 2025 - Rede Gazeta de Comunicação

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Forças Armadas vão permitir alistamento militar feminino em 2025

As Forças Armadas vão permitir o alistamento feminino para carreira de soldado, a partir de 2025. A decisão é única na história das instituições. A informação foi confirmada pelo Ministro da Defesa, José Múcio Monteiro.

A decisão do ministro acontece após a criação de um grupo de trabalho em abril definir a necessidade de procedimentos para a participação voluntária feminina no Serviço Militar. Os responsáveis estão elaborando providências para o alistamento ocorrer, com a incorporação estimada a partir de 2026. Os detalhes serão divulgados no decorrer dos meses.

Pelos planos da Defesa, deve ser permitido às mulheres que completarem 18 anos em 2025. O modelo é semelhante ao serviço militar masculino, porém, elas não terão a obrigatoriedade de se apresentarem às Forças.

Atualmente, a maioria das vagas para soldado são destinadas ao Exército (75 mil), a Aeronáutica (7 mil) e a Marinha do Brasil (3 mil). Do total das vagas, o José Múcio Monteiro defende que 25% sejam destinadas ao público feminino.

O serviço militar tem duração de 12 meses prorrogáveis, até o limite de 96 meses. O jovem ingressa como soldado e com o tempo máximo permitido poderá deixar as Forças Armadas com o cargo de 3º sargento.

No momento, as mulheres já são autorizadas a entrar nas Forças por outros meios, como escolas que preparam oficiais. Mesmo assim,  a participação feminina ainda é limitada. Apenas a Marinha libera a atuação das mulheres em áreas mais combatentes, como a de fuzileiros navais.

Na portaria que criou o grupo, a pasta afirmou que a iniciativa demonstra o compromisso do Ministério “com a igualdade de gênero e o aprimoramento do Serviço Militar, promovendo oportunidades para a participação voluntária das mulheres nas Forças Armadas do Brasil”.

Hoje, do total de 360 mil militares, cerca 34 mil são mulheres. O ingresso, que começou em 1980 na Marinha, acontece em carreiras específicas, como saúde, logística e na manutenção de armas e viaturas. A Força Aérea começou aceitar mulheres em 1982, e o Exército em 1992.

(G1)