A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou nota técnica se posicionando para a abertura presencial das unidades escolares, desde que sejam adotadas medidas preventivas de saúde. A recomendação foi elaborada pelo grupo de trabalho da fundação, tendo a vacinação como ponto central para flexibilização das medidas sanitárias.
Entre os indicadores sugeridos pelo grupo de trabalho da Fiocruz, estão a porcentagem de testes diagnósticos positivos menor que 5% nos últimos sete dias; taxa de contágio com valor R menor que 1 (ideal 0,5) por um período de, pelo menos, sete dias e a taxa de vacinação acima de 80% da população total.
A publicação alerta para a transmissão do vírus, que muda de acordo com a variante em circulação na comunidade, e com a taxa de cobertura vacinal. Nesse contexto, o retorno às aulas e demais atividades educacionais exige a avaliação e implementação de medidas de biossegurança e vigilância em saúde, diz a publicação.
O grupo sugere soluções de ventilação em ambientes fechados para redução da transmissão do vírus; a instauração de inquéritos internos para estimar a cobertura vacinal entre trabalhadores, estudantes e familiares, e ações de sensibilização e adesão à vacinação.
Como medidas para diminuir o contato entre os alunos, a Fiocruz sugere a ampliação do número de horas de atividades e dias da semana, bem como um novo planejamento para atividades de lazer, recreação e atividade física com taxas de ocupação das salas de aulas condicionadas à transmissão do vírus.
Na educação infantil, a divisão em pequenos grupos que convivam entre si durante o dia segue indicada, “uma vez que não é possível manter o distanciamento e os estudantes não estão vacinados”.
O uso de máscaras permanece sendo imprescindível em transportes públicos e ambientes fechados, sendo recomendado o modelo com cobertura de nariz e boca, mesmo para pessoas com esquema vacinal completo. A publicação ressalta, ainda, que o número de adolescentes vacinados com a primeira dose da vacina contra a covid-19 ainda é baixo, o que torna a faixa etária de 12-18 anos mais suscetíveis ao vírus. Com relação à suspensão das atividades escolares, o documento aponta que, nesse momento, ela deve estar vinculada à verificação de uma cadeia de transmissão local e não mais individual.
As rotinas de investigação e acompanhamento de casos suspeitos e confirmados continua sendo relevante, bem como ter os protocolos municipais e estaduais como referência e o contato permanente com a vigilância epidemiológica local. O período de isolamento recomendado passou para dez ou sete dias, em período de baixa transmissão comunitária. (Agência Brasil)
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