Fiemg Norte quer trazer Sudene para expor nova política de desenvolvimento industrial - Rede Gazeta de Comunicação

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Fiemg Norte quer trazer Sudene para expor nova política de desenvolvimento industrial

GIRLENO ELENCAR

A direção regional do Norte de Minas da Federação das Indústrias de Minas Gerais quer trazer a direção da Sudene a Montes Claros em fevereiro para expor a nova política de desenvolvimento industrial, lançada na segunda-feira, onde a autarquia já conta com ações da Sudene para fortalecer a implementação das propostas em sua área de atuação. A Sudene é uma das integrantes do grupo de trabalho que irá propor atividades de territorialização e desenvolvimento regional considerando as estratégias propostas pela Nova Indústria Brasil (NIB).

O presidente da Fiemg Norte, Adauto Marques Batista, único norte mineiro que participa do conselho deliberativo da Sudene, afirma que ainda amanha solicitar esta vinda da equipe da Sudene a Montes Claros logo após o Carnaval.

Caberá à Sudene e aos demais atores elaborar uma proposta de um Sistema Nacional de Territorialização do Desenvolvimento Industrial. Na prática, é uma iniciativa que irá mapear as principais aglomerações industriais da região, os sistemas produtivos existentes e as capacidades locais. A ideia é dar mais assertividade e precisão ao monitoramento dos impactos da NIB. Ainda em dezembro, a superintendência já havia promovido evento sobre e abordou o papel das instituições regionais, a participação do Nordeste nas missões da Nova Política Industrial e os instrumentos de financiamento para a territorialização dessa política.

“Existem alguns temas dentro da neoindustrialização que são fundamentais para a economia da região. Temos, por exemplo, a transformação digital da indústria para aumentar a competitividade do Nordeste, o papel das micro e pequenas empresas, a descarbonização e as atividades de bioeconomia, aproveitando o potencial do semiárido, além de várias outras frentes. Nosso trabalho de articulação com instituições vai fortalecer a implementação da política, melhorando a percepção dos seus resultados”, comentou o economista da Sudene, José Farias.

A nova política industrial foi resultado de amplo diálogo entre o governo e o setor produtivo para a promoção de uma neoindustrialização baseada na sustentabilidade e na inovação. Entre os principais objetivos da iniciativa, estão a melhoria direta do cotidiano das pessoas e a ampliação da competitividade da indústria brasileira.

As ações da NIB foram organizadas em seis missões temáticas: cadeias agroindustriais; saúde; bem-estar das pessoas nas cidades; transformação digital; bioeconomia, descarbonização, transição e segurança energéticas e; defesa. As metas estão organizadas em um plano de ação para o triênio 2024-2026.

De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), a política contará com R$ 300 bilhões para financiamentos da neoindustrialização até 2033. O montante será gerido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii). O valor será disponibilizado através de linhas específicas e recursos por meio de mercado de capitais.

Para o superintendente da Sudene, Danilo Cabral, a nova política industrial é uma resposta positiva do Governo Federal às demandas da nova economia global. “O presidente Lula tem buscado inserir o Brasil como protagonista nesta agenda de sustentabilidade que o mundo tem exigido para as cadeias produtivas. E o Nordeste também é personagem importante neste cenário porque temos diferenciais únicos, como a caatinga e nossa aptidão para a energia limpa”, afirmou.