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FATOS E DETALHES

RESPOSTA DO SOLIDARIEDADE

Após a repercussão, divulgada em primeira mão pela coluna, da saída do SOLIDARIEDADE da base de apoio à pré-candidatura de Délio Pinheiro (PDT) à Prefeitura de Montes Claros, publicamos aqui o desabafo de Tico Cordeiro, assessor de Délio. O SOLIDARIEDADE municipal, em comunicado assinado por seu presidente e pré-candidato a vereador, Jefferson Joe, mesmo sem citar Tico diretamente, respondeu. Segundo o documento do partido, a decisão de deixar Délio e apoiar Guilherme foi tomada pelos membros do diretório local, em conjunto, após uma eleição interna. A nota não tece críticas ao jornalista que está como deputado federal, só diz que, no entendimento da maioria dos filiados votantes, ele não representa os anseios do SOLIDARIEDADE.

ESTRUTURA DE CAMPANHA

Uma campanha para prefeito de uma cidade do porte de Montes Claros depende de muitos fatores. Somente ter um bom nome pessoal não resolve nada. Primeiro, é preciso saber se esse nome atende à narrativa que as pesquisas colocam para as eleições, se ele se encaixa no perfil de gestor pretendido pelo montes-clarense. Segundo, é preciso que essa campanha tenha estrutura partidária suficiente para compor um bom tempo de TV na propaganda eleitoral.

ESTRUTURA DE CAMPANHA II

Mesmo com o advento das redes sociais, a credibilidade que o programa de TV e rádio transmite é bem maior que o de postagens no Instagram ou Tik Tok. Terceiro, ter boas chapas de candidatos a vereador é essencial. Na prática, como a cidade é muito grande, são eles que multiplicam e conseguem manter vivo o nome do candidato a prefeito no dia-a-dia da chamada “ponta”. Fora que o eleitor gosta de votar em quem está ganhando. De forma que, quanto mais apoio você demonstra ter, mais votos você atrai.

ESTRUTURA DE CAMPANHA III

Quarto e não menos importante, muito pelo contrário, inclusive, é preciso ter um bom fundo partidário para custear uma engrenagem muito grande. Campanha eleitoral é caro e não só por superfaturamento, mas pela grande quantidade de serviços envolvidos. Tem gráfica, programa de TV, combustível, funcionários, formiguinhas, impulsionamento nas redes sociais, advogados, contadores, etc. Portanto, não é só “tenho um bom nome, vou me lançar” e pronto. Sem estrutura, pode-se até largar bem. Manter, na maioria dos casos, é praticamente impossível.

SABER LER PESQUISAS

Os pré-candidatos precisam ter ao seu lado assessores que saibam ler pesquisas. Muito mais do que identificar qual é a fotografia do momento, as campanhas precisam saber qual é o cenário que está se desenhando para a eleição. Literalmente, saber prever o futuro, a fim de estabelecer correções de rota ou redução de danos enquanto é tempo. E ler o futuro, nesse caso, não é exercício de adivinhação, mas fruto de muito estudo e, sobretudo, aplicação da ciência. Fuja do senso comum e seja o mais profissional possível caso queira ter algum resultado positivo, não só na política, mas em todas as áreas.

ASSEMBLEIA E CLIMA

Contrariando os negacionistas das mudanças climáticas, que, aliás, são os mesmos negacionistas de quase todas as outras áreas da ciência, a Assembleia Legislativa promoveu em Montes Claros, no campus da Unimontes, o seminário técnico “Crise Climática em Minas Gerais: Desafios na Convivência com a Seca e a Chuva Extrema”, que reuniu praticamente todos os deputados estaduais da chamada Bancada do Norte. Durante o evento, o professor do departamento de Biologia Geral da Unimontes, Marcos Mário do Espírito Santo, apresentou um estudo que mostrou que, nos últimos 40 anos, o nível dos rios do Norte de Minas apresentou uma queda de 20% por década. Ou seja, o nível atual médio está 80% menor do que há 40 anos. A região também perdeu cerca de 40% de sua vegetação natural do cerrado e mata seca, informou o professor. É a ação do homem comprometendo o futuro da vida humana. Vai entender.

Pecê Almeida Júnior é jornalista e publicitário e fechou esta coluna às 13h42 de 17 de junho de 2024

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