FATOS E DETALHES - Rede Gazeta de Comunicação
FATOS E DETALHES

CASO MCTRANS

Mais de uma semana após ser divulgada a sentença que condena a MCTrans por assédio moral e sexual, por causa de supostas condutas do seu presidente, a Prefeitura de Montes Claros, até o fechamento desta coluna, não teceu um mísero comentário sobre o assunto ou mesmo tomou qualquer providência. Segundo pesquisa realizada pelo DataFolha para o Fórum Brasileiro de Segurança Pública em 2023, 47% das mulheres brasileiras indicam ter sofrido assédio sexual em 2022, um dado alarmante. A Prefeitura precisa atuar no sentido de ajudar a coibir essa violência na cidade e, se tem certeza da inocência do presidente da MCTrans, que é alvo de nove denúncias entre assédios moral e sexual, e já teria duas condenações em primeira instância, deve se manifestar e esclarecer o porquê. A sociedade, sobretudo as mulheres montes-clarenses, não pode ficar sem resposta diante de acusações tão graves envolvendo um dirigente pago com recursos públicos.

CASO MCTRANS II

Enquanto o tempo passa, o desgaste só aumenta. Nesta semana, funcionário da MCTrans registrou boletim de ocorrência com mais uma acusação de assédio moral contra o presidente. Segundo relato da suposta vítima no BO, no dia 11 de junho, o presidente da autarquia municipal de trânsito proferiu xingamentos de baixo calão contra ela. Os termos seriam “seu m*leque, v*agab*undo, você vai ver comigo”. O BO relata, ainda, que “o presidente disse ao chefe do setor de gratuidade, seção em que (a suposta vítima) trabalha, para lhe informar de que estaria proibido de acessar todos os setores da administração, bem como utilizar o banheiro, além disso trocaria o relógio de controle diário de ponto de local”.

CASO MCTRANS III

Duas testemunhas, que sequer pediram anonimato, depõem no BO confirmando a declaração da suposta vítima. Fontes na entidade dizem que o clima de trabalho na MCTrans está pior a cada dia, já que os funcionários que denunciaram o presidente são obrigados a conviver com ele e trabalham temendo represálias e retaliações. A Prefeitura tem a obrigação de intervir ou esclarecer essa situação. E o presidente da MCTrans, se fosse realmente companheiro político do prefeito Humberto Souto (CIDADANIA), já teria, há muito tempo, pedido afastamento para se defender fora da função. O que mais precisa acontecer que alguma providência seja tomada?

PDT X SOLIDARIEDADE

Após a nota que publicamos na coluna de ontem, dando conta da saída do SOLIDARIEDADE da embarcação da pré-candidatura de Délio Pinheiro (PDT) à Prefeitura de Montes Claros, o publicitário e promotor de eventos, Tico Cordeiro, um dos assessores mais próximos do deputado, fez circular em grupos de Whatsapp texto com duras críticas a Jefferson Joe, presidente do SOLIDARIEDADE na cidade. A nota começa afirmando: “infelizmente o presidente do partido (SOLIDARIEDADE) na cidade, Jefferson Joe, após ter firmado compromisso com Délio, resolveu mudar para o pré-candidato da atual administração (Guilherme Guimarães)”.

PDT X SOLIDARIEDADE II

Tico prossegue: “uma decisão que eu lamento não apenas pelo fato de perder um partido parceiro, mas principalmente por ter levado nomes de amizade e confiança para compor a chapa de vereadores da sigla (SOLIDARIEDADE)”. Embaixo, o assessor de Délio afirma que “na política, poucas pessoas têm palavra e caráter e ficou claro que o presidente do SOLIDARIEDADE não é uma dessas pessoas”. Fonte da coluna afirma que o PDT teria ajudado a fechar a chapa de pré-candidatos a vereador do SOLIDARIEDADE, abrindo até mão de alguns quadros, e que a mudança de lado do partido do deputado Zé Silva chateou profundamente os pedetistas de Montes Claros, que estariam se sentindo traídos.

OXIGENAR EQUIPE

Tenho ouvido muita uma pergunta para a qual não tenho a menor ideia de resposta: “se Guilherme for eleito prefeito, ele vai governar com qual equipe de governo? Vai manter todos os secretários atuais?” Em caso de vitória do vice-prefeito, o que se imagina é que ele monte sua própria equipe trabalho e que dê uma oxigenada em algumas funções, sobretudo onde titulares de pastas vão completar oito anos ininterruptos. É preciso avaliar também como será a cobrança por espaços da mais de dezena de partidos que optaram em apoiar o candidato de Humberto Souto.

Pecê Almeida Júnior é jornalista e publicitário e fechou esta coluna às 13h56 de 14 de junho de 2024

Deixe comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos necessários são marcados com *.

%d blogueiros gostam disto: