LAÇOS DE FAMÍLIA
Os laços de família estão em alta na Assembleia Legislativa de Minas Gerais. A deputada estadual Alê Portela, filha do pastor e deputado federal Lincoln Portela (PL) e da vereadora de Belo Horizonte, Marilda Portela (PL), além de irmã do ex-deputado estadual Léo Portela, que não disputou a reeleição, foi nomeada para a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social pelo governador Romeu Zema (NOVO). Quem assumiu sua vaga no legislativo foi Amanda Teixeira Dias, filha do deputado federal Marcelo Álvaro Antônio (PL) e da também vereadora de Belo Horizonte, Janaína Cardoso (UNIÃO), além de neta do ex-deputado estadual e federal Álvaro Antônio.
SUPLENTES DO NORTE
Conforme noticiei ontem, essa movimentação deixou a montes-clarense Carol Figueiredo “na boca do gol”. Agora ela é a segunda suplente do PL na Assembleia. O partido tem pelo menos três deputados estaduais pré-candidatos a prefeito. Se dois ganharem as eleições, Carol, que deve ser a puxadora de votos da legenda no próximo pleito para a Câmara Municipal de Montes Claros, pode se eleger vereadora e assumir como deputada. Mas outros norte-mineiros estão ainda mais à frente de Carol na expectativa por uma vaga na ALMG.
SUPLENTES DO NORTE II
O ex-prefeito de Bonito de Minas e deputado estadual na última legislatura, Zé Reis, é o primeiro suplente do PODEMOS. O ex-prefeito de Taiobeiras, Danilo Mendes, é o primeiro suplente do UNIÃO BRASIL. Carlos Pimenta, do PDT, está na expectativa de assumir o mandato a partir de uma possível nomeação do deputado estadual Alencar da Silveira Júnior, seu companheiro de partido, para uma vaga no Tribunal de Contas do Estado. Hoje, a chamada Bancada do Norte conta com seis deputados estaduais: Tadeuzinho (MDB), Leninha e Ricardo Campos (PT), Gil Pereira (PSD), Arlen Santiago (AVANTE) e Oscar Teixeira (PP).
DEPUTADOS VÃO COBRAR
Deputados estaduais da base do governo Zema prometem cobrar do governador que paralise movimentações que membros do NOVO vêm fazendo em cidades do interior de Minas contra prefeitos aliados. Em contato com a coluna, um deputado do Norte de Minas que pediu para não ser identificado neste primeiro momento, disse que levou o prefeito de uma importante cidade da região a apoiar Romeu Zema e que o mesmo sempre permaneceu aliado do governador, mas o partido no município quer apoiar outro candidato ao executivo local. Segundo o parlamentar, essas movimentações, se não forem contidas, terão impacto na candidatura do atual vice-governador Mateus Simões ao Governo de Minas em 2026. O pior, reforça o deputado, é que nesse município em específico a pré-candidatura apoiada pelo NOVO não tem sequer remota possibilidade de vitória. Outros casos estariam ocorrendo em outras cidades.
OPOSIÇÕES DESNORTEADAS
Em várias cidades norte-mineiras, as oposições parecem estar desnorteadas, sem conseguir sequer indicar um pré-candidato a prefeito. Toda hora muda o nome do candidato a rival do atual chefe do executivo. Situações assim têm ocorrido, por exemplo, em Pirapora, Januária e Salinas, onde os prefeitos Alex César (UNIÃO), Maurício Almeida (PODEMOS) e Kinca Dias (PDT), respectivamente, tentarão a reeleição. É difícil enfrentar a máquina administrativa em qualquer situação. Sem prumo, com oposição dividida e sem uma liderança pelo menos competitiva, então, é quase impossível.
DISPUTA NOS BAIRROS
A disputa de vereadores da bancada de situação do prefeito Humberto Souto (CIDADANIA) por bairros e zonas rurais de Montes Claros está pegando fogo. Tem vereador pedindo ao cerimonial da Prefeitura para não convidar determinados colegas para eventos, como assinaturas de ordem de serviço, a serem realizados em locais que consideram como seus “mandiocais”. Pirracentos, esses vereadores “excluídos” vão assim mesmo, e estão certos, já que não existe cabresto e ninguém é dono do voto de ninguém. Até o momento, essas faíscas não respingaram na candidatura majoritária da situação.
Pecê Almeida Júnior é jornalista e publicitário e fechou esta coluna às 13h35 de 4 de junho de 2024
