FATOS E DETALHES - Rede Gazeta de Comunicação

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FATOS E DETALHES

TRANSPORTE COLETIVO

Uma cidade do porte de Montes Claros não pode ter o transporte coletivo como tem. Vários bairros, principalmente os mais pobres, reclamando de poucas linhas. Ônibus muito cheios nos horários de pico. Nenhum conforto enquanto se espera para embarcar. Até hoje, 2024, a cidade, com mais de 400 mil habitantes, sem um terminal urbano de transporte coletivo. O transporte público movimenta a cidade e tem que ser encarado com seriedade nos programas de governo dos pretensos candidatos a prefeito. Não é porque ele atende quase que em sua totalidade pessoas invisíveis para os poderosos que ele deve ser escanteado do debate.

TRANSPORTE COLETIVO II

Além de mais linhas, terminal urbano, ônibus melhores e abrigos decentes, é preciso se pensar no financiamento do transporte coletivo. Montes Claros precisa estudar, a exemplo das cidades mais desenvolvidas do mundo sob o ponto de vista urbanístico, a implantação do transporte público totalmente gratuito. Sim, as pessoas não deveriam pagar para andar de ônibus. Assim como saúde, educação e segurança, o transporte é um direito. Seria uma medida boa para todas as faixas de renda, inclusive para quem paga o vale-transporte para seus funcionários, para quem usa carro e moto para trabalhar, para aliviar o trânsito absolutamente tumultuado de uma cidade que já não comporta, minimamente, a frota por aqui estabelecida.

TRANSPORTE COLETIVO III

Pirapora, muito menor que Montes Claros, implantou na atual administração do prefeito Alex Cesar (UNIÃO), o transporte coletivo gratuito. Claro que tem problemas, mas já está representando um senhor alívio para a população, sobretudo para a de mais baixa renda. Todo serviço em implantação passa por períodos de adaptação e aqui não seria diferente. Mas é preciso pensar no futuro, em soluções ousadas, que saiam da mesmice, do marasmo administrativo. As pessoas merecem muito mais que aquilo de sempre e, sim, Montes Claros tem recursos financeiros para promover esse passo adiante.

TRANSPORTE COLETIVO IV

Além de melhorar muito o sistema, Prefeitura e Câmara Municipal deveriam fiscalizar de maneira mais intensa o serviço oferecido pelas atuais concessionárias. O mínimo é o estrito cumprimento do contrato de concessão. Vamos aguardar para ver como os pré-candidatos a prefeito se mobilizarão em torno desse tema tão importante para a maioria absoluta da nossa população. Até agora, posso estar equivocado, não vi, nem ouvi, muito menos li, nada, absolutamente nada, a esse respeito por parte de nenhum deles.

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Tem prefeito de cidade do Norte de Minas fazendo collab no Instagram entre a página pessoal dele e a da Prefeitura em post de pré-campanha. Tem prefeito fazendo pior: colocando a própria foto em post publicitário, e não jornalístico como a lei permite, assinado pela Prefeitura. Em 28 anos de carreira, já vi prefeito ser cassado por menos. Isso é fruto de incompetência generalizada não só do próprio mandatário, como de suas assessorias jurídica e de comunicação. Não só é infração eleitoral, como é desnecessário, já que há formas e formas e formas de se fazer campanha sem burlar a lei. Se o Ministério Público começar a se incomodar com isso, muita gente vai rodar. Como diria Didi Mocó, “aguarde e confia”.

CORREÇÃO

Ontem, logo na primeira hora da manhã, o professor Dalton Caldeira, vice-reitor da Unimontes, me mandou mensagem alertando que a autorização para criação da Pró-Reitoria de Assistência Estudantil, embora estivesse no texto original, foi retirada do projeto de lei aprovado pela Assembleia sobre o apoio que o estado precisa oferecer aos alunos das universidades estaduais mineiras, diferente do que escrevi aqui ontem. “Infelizmente”, observou o professor. A Pró-Reitoria de Assistência Estudantil já é uma realidade na grande maioria das universidades federais e cumpre um papel importante junto a um dos tripés da comunidade acadêmica, o corpo discente, razão de ser de qualquer instituição de ensino. Tomara que, em futuro próximo, os deputados estaduais revejam essa questão.

Pecê Almeida Júnior é jornalista e publicitário e fechou esta coluna às 14h06 de 16 de Maio de 2024