JARBAS NÃO É CANDIDATO
Após a nota que publiquei ontem, o procurador-geral de Justiça de Minas, Jarbas Soares Júnior, em contato com o GAZETA, declarou que não é candidato a nenhum cargo político nas eleições de 2026. Ele observou que a aproximação do Ministério Público com os municípios é necessária para a construção de um ambiente de diálogo, com objetivo institucional e não político-partidário. Alguns leitores, após a publicação, fizeram contato com a coluna, dizendo que Jarbas seria um bom nome para o Governo de Minas ou para o Senado Federal.
HUMBERTO E BOLSONARO
Alguns bolsonaristas de Montes Claros que pediram para não ser identificados, já que membros da ala mais radical do PL não teriam, na visão deles, compreensão para entender o contexto, entraram em contato com a coluna para dizer que vão trabalhar pelo apoio do ex-presidente à candidatura de Guilherme Guimarães (CIDADANIA). O argumento é o mesmo utilizado por Sandro Fusca, presidente do Núcleo do Cavalo e sobrinho do ex-ministro Paulo Guedes. Para eles, Humberto e Guilherme apoiaram Bolsonaro em 2022 e o apoio deve ser retribuído agora. Inclusive, lembram, Humberto foi a grande estrela do comício que Bolsonaro fez em Montes Claros no segundo turno, no Parque de Exposições João Alencar Athayde, quando virou o placar desfavorável do primeiro turno, vencido por Lula na cidade. Na pior das hipóteses, querem que Bolsonaro fique neutro.
PRESTAÇÃO DE CONTAS
Ainda repercute a recomendação do Ministério Público de Contas de Minas Gerais pela rejeição das contas do prefeito Humberto Souto relativas ao exercício de 2017. Se o Tribunal de Contas acatar o parecer prévio e se a Câmara Municipal mantiver um hipotético pedido de reprovação do TCMG, o que é pouco provável, devido à absoluta maioria que o prefeito tem no legislativo, a decisão não geraria impactos no próximo pleito, já que uma eventual inelegibilidade do prefeito não atingiria seu candidato Guilherme Guimarães, que não era vice-prefeito à época dos fatos. Guilherme só assumiu o posto em 2021. Para o próprio Humberto Souto, uma reprovação definitiva das contas também não teria maiores consequências políticas, já que ele não deverá mais ser candidato, vez que nas próximas eleições em que estaria habilitado para concorrer, 2026, teria 92 anos de idade.
MAL ESTAR
A presença do prefeito de Francisco Sá, Mario Osvaldo Casassanta (AVANTE), em Capitão Enéas, durante solenidade de uma entrega de viatura à PM pela pré-candidata de oposição naquele município, Marilene Faustino (PSB), gerou mal estar com o grupo do atual prefeito Reinaldo Teixeira (SOLIDARIEDADE). Partidários do prefeito fizeram circular pelas redes sociais um texto com críticas a Mário, que justificou não ter em qualquer envolvimento com a política eneapolitana e que estaria apenas representando o deputado federal Luís Tibé, presidente nacional do AVANTE. Francisco Sá e Capitão Enéas são cidades vizinhas, muito dependentes uma da outra. Assunto que ainda deve render.
PAULO E AS ESTRADAS
O deputado federal Paulo Guedes (PT) saiu animado de reunião com o ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB). Acompanhado dos prefeitos de Manga, Anastácio Guedes (PT), e São Francisco, Paulo Miguel (PSD), Paulo recebeu três notícias de Renan: 1) o governo federal decidiu separar o trecho entre Manga e São João das Missões da BR-135, para facilitar a liberação da obra junto ao IBAMA. A expectativa é de que o asfaltamento da rodovia tenha início nos próximos 30 dias; 2) o BNDES já está estudando a possibilidade de privatização da BR-251 entre Montes Claros e a BR-116, próximo à divisa com a Bahia; 3) o Exército vai asfaltar 15 km do trecho da BR-367, entre Almenara e Salto da Divisa, e entregará a obra até o fim do ano. Os outros 45 km, ainda segundo o ministro, terão licitação lançada até o mês de agosto.
PAULO E AS ESTRADAS II
Enquanto atende as demandas regionais de seu mandato, Paulo Guedes intensifica sua pré-candidatura à Prefeitura de Montes Claros. Nos últimos dias, participou de muitas agendas com empresários locais, inclusive do campo bolsonarista, aos quais tem dito que, se for eleito, vai abrir as portas do governo federal para as questões da classe produtiva de Montes Claros, independente de preferências partidárias nacionais. As investidas têm gerado algumas adesões, mas ainda não dá para avaliar o impacto eleitoral delas.
Pecê Almeida Júnior é jornalista e publicitário e fechou esta coluna às 15h20 de 29 de abril de 2024
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