PESQUISAS IDEIAIS
As pesquisas de opinião neste momento, para serem mais assertivas deveriam antecipar os cenários que a campanha vai revelar para o grosso do eleitorado, e não apenas para o ligado nos bastidores da política, a partir de agosto. Os candidatos precisam ser estimulados dentro dos seus contextos. Por exemplo: a) Guilherme Guimarães do UNIÃO BRASIL com o apoio do prefeito Humberto Souto, b) Maurício da Santa Casa do PL com o apoio de Bolsonaro, c) Paulo Guedes do PT com o apoio de Lula, d) Délio Pinheiro do PDT pelo centro, e por aí vai.
PESQUISAS IDEIAIS II
Essas distinções são importantes para a antecipação de expectativas e para que sejam evitados os chamados falsos positivos ou falsos negativos, já que, à medida que a campanha avança, o eleitor tende a ajustar seu voto de acordo com o seu posicionamento. Quem avalia bem a administração, tende a acompanhar o candidato da situação, mas há quem avalie bem, mas ache mais importante votar em um candidato mais próximo da sua ideologia. Mesmo raciocínio para quem avalia mal. Portanto, é fundamental dar ao eleitor de antemão as informações que ele vai ter de qualquer forma mais adiante, para que as pesquisas possam, de fato, contribuir com o planejamento de campanha e não apenas registrar a fotografia do momento.
TENTATIVAS
Dos recentes prefeitos de Montes Claros, poucos foram os que venceram a eleição na primeira tentativa. Jairo Ataíde foi eleito em 1996 depois de perder em 1988 e 1992. Athos Avelino foi eleito em 2004 depois de ser derrotado em 1996 e 2000. Tadeu Leite ganhou na primeira tentativa em 1982, venceu de novo em 1992, mas antes de ser eleito para o terceiro mandato em 2008 foi derrotado em 2004. Ruy Muniz foi eleito em 2012 após ter perdido em 2008 e também nos anos 1980. Seria novamente derrotado em 2016 e 2020. Dos atuais pré-candidatos, apenas o próprio Ruy e Paulo Guedes, que chegou ao segundo turno em 2012, mas perdeu, foram candidatos anteriormente na cabeça de chapa. Caso a eleição seja vencida por Guilherme Guimarães, Délio Pinheiro, Fábio Ferreira ou Maurício da Santa Casa, teremos um fato raro de um candidato ganhando o Palácio da Cula Mangabeira na primeira tentativa.
DEPUTADOS PREFEITOS
Desde 1992, todos os prefeitos eleitos de Montes Claros já foram deputados estaduais ou federais. Eleito naquele ano, Tadeu Leite cumpria mandato de deputado federal. Em 96, Jairo era deputado estadual. Em 2004, venceu Athos Avelino, que estava na Câmara dos Deputados. Em 2008, volta Tadeu, desta vez cumprindo mandato na Assembleia. Em 2012, Ruy Muniz também era deputado estadual quando ganhou. Em 2016, Humberto Souto era deputado federal. Entre os atuais pré-candidatos, Guilherme Guimarães, Maurício da Santa Casa e Fábio Ferreira não têm passagens pelos parlamentos estadual ou federal. Délio Pinheiro viverá essa experiência entre os meses de abril e julho. Ruy Muniz, que não conseguiu se eleger em 2022, e Paulo Guedes, cumprindo o quinto mandato de deputado, se encaixam nessa “tradição”. É mais um tabu em jogo.
LARANJAS
Os partidos precisam ter muito cuidado com as candidaturas femininas. Só no mês de março, mais de 20 vereadores foram cassados em Minas Gerais por fraude nas candidaturas de mulheres. A Justiça entendeu que os partidos punidos lançaram candidatas apenas para preencher a cota mínima obrigatória de 30% das chapas de vereadores. Em alguns casos foi identificado que a verba destinada às mulheres foi desviada para campanhas de candidatos homens. Também ficou provado que algumas candidatas sequer votaram em si mesmas, registrando zero voto. O TSE já avisou que a tolerância será nenhum com esse tipo de prática em 2024.
FALTA DE MULHERES
Como as mulheres, em média, têm muito mais obrigações domésticas, aquelas que vão além do trabalho formal, que os homens, é muito difícil preencher a cota mínima de candidaturas femininas, vez que, por falta absoluta de tempo, são poucas as mulheres que se apresentam. Enquanto sociedade, precisamos pensar em formas de se remunerar o trabalho doméstico das mulheres que se submetem a três ou quatro turnos diários para sustentar e prover suas famílias, a fim de que, entre a superação de outras injustiças, seja garantida, de fato, uma maior participação feminina na política.
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