APOIO DAS ENTIDADES
Entidades patronais de Montes Claros, como Associação Comercial, Câmara de Dirigentes Lojistas, Sociedade Rural e afins, apoiaram em uníssono eleição e reeleição do prefeito Humberto Souto. Também apoiaram, com direito a reunião de mobilização no Consórcio CIMAMS, a tentativa de reeleição do ex-presidente Jair Bolsonaro. Agora, com a possibilidade de Humberto e Bolsonaro estarem em palanques opostos nas eleições municipais, qual será o posicionamento dessas entidades? Prevalecerá o discurso local, o nacional ou ficarão neutras? Aguardemos as cenas dos próximos capítulos.
UNIDOS
Já os sindicatos de trabalhadores e movimentos sociais tendem a caminhar unidos em torno da candidatura da Federação Brasil da Esperança (PT-PV-PCdoB), que deverá ter o deputado Paulo Guedes à frente. A única dúvida é quanto ao MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), que costuma acompanhar o PSOL nacionalmente e, hoje, o posicionamento do PSOL ainda está indefinido em função de sua federação com a REDE, partido que compõe a base do prefeito Humberto Souto.
DE OLHO EM 26
Os atuais deputados do Norte de Minas trabalham forte para ampliar seu número de prefeitos, visando as eleições de 2026. Agora, é um laboratório importante. Quem não se fortalecer, terá sérias dificuldades para reeleição daqui a dois anos, principalmente após as mudanças na legislação eleitoral, que acabarão, em médio prazo, reduzindo o número de partidos, já que muitos não atingirão a chamada cláusula de barreiras.
EVANGÉLICOS EM BLOCO
É preciso que os candidatos estejam atentos quanto à movimentação do chamado eleitorado evangélico, principalmente o neopentecostal. Há uma grande tendência de votação em bloco dessa faixa, que hoje representa de 20 a 30% da população do Norte de Minas e em viés de alta. Duas abordagens devem ser pensadas. A primeira é em relação à chamada pauta de costumes, cara aos evangélicos. A segunda é óbvia: já que a maioria dos evangélicos vive nas periferias, a intensificação de programas sociais visando a redução de desigualdades é um caminho para o fortalecimento dos elos. O PL, atual preferido desse público, caminha na primeira vertente. O PT tenta retomar o contato pela segunda, a exemplo do cenário que existiu nos dois primeiros governos Lula.
CURIOSIDADE
Aliás, tanto em 2002, como em 2006, o vice-presidente da chapa de Lula, José Alencar, concorreu por siglas que tinham o controle político da Igreja Universal de Edir Macedo. Em 2002, era o PL, já com Valdemar da Costa Neto, mas com o Bispo Rodrigues, depois defenestrado no episódio do Mensalão, como coordenador político. Em 2006, foi no antigo PRB, atual Republicanos, o partido da própria Universal. Essa ponte se quebrou após o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. Mas tudo que já existiu pode existir de novo. Depende da habilidade de construção.
BURITIZEIRO
Os grupos da oposição em Buritizeiro ensaiam um acordo para disputar a eleição contra o atual prefeito Pedro Braga, filho do ex-prefeito Anderson e sobrinho do ex-prefeito de Pirapora, Warmillon Braga. A ideia é quem estiver melhor nas pesquisas ser o candidato e o segundo colocado ocupar a vice. Atualmente, nada menos do que dez nomes são especulados para a cabeça de chapa oposicionista.
DICA
Já passou o Ano Novo, já passou o Carnaval e daqui a pouco vai passar o prazo da janela partidária. Quem não começar efetivamente a fazer pré-campanha a partir do dia 7 de abril, tem tudo para ficar a ver navios nas eleições. Visitas, redes sociais, planejamento de campanha, tudo isso já deveria estar encaminhado. O tempo tá passando.
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