FATOS E DETALHES - Rede Gazeta de Comunicação

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FATOS E DETALHES

SANDUÍCHE DE PÃO COM PÃO

Chapa puro-sangue, com candidatos a prefeito e vice de um mesmíssimo perfil e um mesmo grupo político, você só monta se tiver com a eleição totalmente ganha de véspera e não tenha necessidade de compor com absolutamente ninguém. A expressão puro-sangue talvez seja menos conhecida em Montes Claros do que “sanduíche de pão com pão”, eternizada pelo ex-prefeito Luiz Tadeu Leite. Portanto, sanduíche de pão com pão só com a eleição resolvida com antecedência.

PÃO COM PÃO II

Humberto Souto pôde fazer isso em 2020. Tinha uma avaliação positiva muito grande, todas as pesquisas lhe garantiam vitória com folga no primeiro turno e ele escolheu o próprio vice, um secretário sem experiência eleitoral, do seu próprio grupo, no caso, Guilherme Guimarães. O vice não faria diferença pra ele e ele optou por um nome sem nenhuma rejeição à época. Também se faz sanduíche de pão com pão quando não se tem outra opção e seja necessário recorrer a algum companheiro. Hoje, esse não é o caso de nenhuma das candidaturas mais estruturadas na cidade.

PÃO COM PÃO III

No quadro atual, a eleição ficou aberta. Guilherme Guimarães, Maurício da Santa Casa, Délio Pinheiro e Paulo Guedes precisarão ou compor entre si, ou buscar vices que somem. Essa soma pode ser votos, tempo de TV ou fundo partidário. Se não conseguirem, terão que arranjar, pelo menos, um vice que não atrapalhe e que fale com uma parcela da população que o candidato da cabeça não fale. Ter dois do mesmo perfil na chapa não é a decisão mais inteligente.

NÃO FOI O VICE, MAS…

Claro que a eleição presidencial não foi definida pela escolha do vice, mas Lula, que venceu, tinha um vice (Geraldo Alckmin) que somava mais que o vice de Bolsonaro (Braga Netto), que escolheu alguém do seu mesmo estado, mesmo grupo político e até mesma profissão, militar do Exército. Um vice diferente poderia ter resolvido a pequena diferença que o distanciou de Lula? Quem sabe?

NOVO EM ABERTO

Ontem circulou na cidade a notícia de que o Partido Novo teria deixado a embarcação de Guilherme Guimarães e fechado com Maurício da Santa Casa. Busquei a confirmação do presidente da sigla, Diego Suzano, e ele me disse que o Novo está comprometido com a renovação dos quadros políticos na cidade e na região e que no momento o foco está na formação de uma chapa competitiva para o legislativo. “Quanto ao executivo, entendemos que há questões que envolvem tanto a executiva estadual quanto os nossos filiados na base, que conduzirão os destinos do partido”, finalizou. Fato é que se antes havia pelo menos uma pré-definição de apoio, agora não há mais.

MARLUS X SÓTER

Na última reunião da Câmara, o vereador Marlus do Independência (ainda no PT e de saída para o PSD) usou parte do seu tempo para reclamar de Soter Magno (PSD), que teria criticado o petista em determinado lugar. Mas o chumbo não foi trocado porque Soter preferiu não responder. Na disputa por espaço, veremos esses “debates” se avolumarem nas próximas reuniões do Legislativo. Como diria Ibrahim Sued, “quem viver, verá”. Filme que sempre repete em anos eleitorais.

MESMA BASE

O curioso é que tanto Marlus quanto Soter compõem a base política do deputado estadual Gil Pereira (PSD). De perfil conciliador, Gil certamente tratará de colocar panos quentes nessa discussão. Aliás, Gil é o deputado que conta com mais vereadores na Câmara Municipal e terá que administrar, ainda neste mês e no princípio de abril, um senhor abacaxi: como acomodar tantos candidatos competitivos a vereador em uma única chapa. A informação é de que o PSD já teria mais de 40 pré-candidatos, fora os vereadores de mandato que ainda entrarão na embarcação. O número máximo em uma chapa é 24, sendo que pelo menos oito, obrigatoriamente, precisam ser mulheres.