A Câmara de Vereadores de Montes Claros realizou audiência pública ontem (24), para discutir sobre a “Energia Elétrica no Meio Rural”, proposta pela Comissão Permanente de Agricultura, formada pelos parlamentares, Graça da Casa do Motor (PSL), Valdeci Contador (Cidadania) e Eldair Samambaia (PSD).

Segundo a vereadora Graça, no meio rural o fornecimento de energia elétrica tem importância tanto do ponto de vista social, como econômico. “Nós temos recebido cobranças constantes das dificuldades para a ligação de energia elétrica em diversas localidades. São famílias que vivem sem qualidade de vida. A intenção é terem os direitos atendidos e se tornarem clientes da Cemig”.

“Nossa intenção nessa audiência é buscar junto aos órgãos competentes, alternativas de mudanças na legislação, para que todos os moradores do meio rural de baixa renda, principalmente os que vivem da terra e são beneficiados pelos programas do governo, assentamentos rurais, comunidades indígenas, quilombolas, possam adquirir o benefício da energia elétrica”, finalizou a vereadora.

Participaram da audiência, vereadores da casa, o gerente regional da Emater, José Arcanjo Pereira, o analista de relacionamento com clientes da Cemig, Carlos Augusto Alves, o deputado estadual Gil Pereira, o presidente do Conselho Regional de Desenvolvimento Rural Sustentável, Adenilson Leite dos Santos, o presidente do sindicato dos trabalhadores rurais Robson Damião, o vice-prefeito Guilherme Guimarães, o deputado federal Marcelo Freitas, o deputado estadual Carlos Pimenta e os vereadores de Bocaiuva, Odair José dos Santos e Pedro César Gomes.

Para o presidente e vereador Cláudio Rodrigues (Cidadania), é de suma importância debater esse tema com a finalidade de encontrar soluções que minimizem os problemas causados pela falta de energia na zona rural.

O deputado federal Marcelo Freitas comentou que todos conhecem as normas que dificultam atender plenamente as comunidades, especialmente, a rural, no que se refere aos chacreamentos e moradias na zona rural. “A Câmara Federal encontra-se a disposição para dar suporte para que essas questões sejam solucionadas”, concluiu.

O deputado estadual Carlos Pimenta explicou que a Cemig está preparando um grande programa denominado “Minas Trifásico”, que será uma oportunidade de arregimentar as forças políticas da região para fazer a adesão e ajudar na solução deste problema.

O deputado estadual Gil Pereira argumentou que no Norte de Minas estão sendo construídas as maiores plantas de placas de energia solar do mundo, o que ajudará a diminuir o valor das contas de energia. Afirmou que tem comparecido diariamente a Cemig levando as reivindicações da população.

O vice-prefeito Guilherme Guimarães lembrou que esta questão é de sobrevivência e que o prefeito Humberto Souto tem tentado resolver este problema, embora a rede de extensão rural não seja de responsabilidade da prefeitura. Ressaltou que para resolver é necessário alterar a legislação, para que a prefeitura e a Cemig possam atender a esta demanda dentro da Lei.

Carlos Augusto, analista de relacionamento com clientes da Cemig esclareceu que o objetivo da empresa é levar energia a todos indistintamente. Salientou que tentam de todas as formas possíveis, dentro da legalidade, resolver estes problemas a partir da documentação apresentada pelos clientes, que nem sempre é suficiente para a ligação da energia elétrica. “De acordo ao que for proposto e estando de acordo com a Lei, após aprovado a empresa cumprirá”.

Adenilson Leite, presidente do Conselho Regional de Desenvolvimento Rural Sustentável, expôs que esta é uma das maiores demandas que o conselho recebe, e que ficou feliz por saber que a Cemig tem recurso para resolver o problema e espera que haja investimento para que este benefício chegue a todos.

Também manifestaram por ocasião da reunião, os vereadores Valdecy Contador (Cidadania), Aldair Fagundes (Cidadania), Edson Cabeleireiro (PV), Iara Pimentel (PT), Reinaldo Barbosa (PRB), todos reforçaram a necessidade de um melhor atendimento aos moradores da zona rural, seja por parte da Cemig ou da municipalidade. Alegaram que o importante é encontrar uma forma de atender a população rural, seja na extensão de rede, seja na ligação de energia nas residências. (Ascom CMMC)