Pesquisa realizada pela Unisa indica melhoria no perfil inflamatório em pessoas com transtorno bipolar e esquizofrenia
A cada novo estudo, a ciência atesta a eficácia e os benefícios da atividade física à saúde. Estudo inédito realizado pela Universidade Santo Amaro (Unisa), uma das principais faculdades médicas do país, identificou uma melhoria no perfil inflamatório das pessoas com diagnóstico de transtorno bipolar e esquizofrenia, após o início regular de atividade física.
Doenças mentais graves, como o transtorno bipolar e a esquizofrenia são consideradas pela Universidade de Havard como uma das doenças mais incapacitantes do mundo. “Embora os estudos anteriores já demonstrem os benéficos da prática de exercícios, essa é a primeira vez que uma pesquisa avalia os efeitos agudos e crônicos dos exercícios nos níveis de citocinas em indivíduos com transtorno bipolar e esquizofrenia”, comenta o coordenador da pesquisa, pesquisador do Mestrado em Ciências da Saúde e professor e da Unisa, Lucas Melo Neves.
A pesquisa conduzida pelo aluno do Mestrado em Ciências da Saúde, Gustavo Gusmão dos Santos, avaliou pacientes com diagnóstico de transtorno bipolar e esquizofrenia do Centro de Atendimento Psicossocial (CAPS) da Capela do Socorro, na região Sul de São Paulo. Os participantes da pesquisa foram submetidos a treinamento de força por meio de um programa de exercícios com carga elástica, durante dez semanas.
Com a prática regular dos exercícios de força os participantes da pesquisa apresentaram mudanças nos níveis de citocinas, que ajudam a regular o sistema imunológico do organismo, e consequentemente os marcadores inflamatórios. A análise observou ainda uma melhora nos sintomas dos pacientes com transtorno bipolar e com esquizofrenia, assim como o aumento na força muscular.
De acordo com o pesquisador, os pacientes submetidos aos exercícios de resistência apresentaram melhora nos processos inflamatórios e sintomas no curto e longo prazo. “Os pacientes tiveram uma melhora nos processos inflamatórios e nos sintomas da doença, como no controle emocional”, comenta Gustavo.
Recentemente, o resultado da pesquisa foi publicado na revista científica Behavioural Brain Research e pode ser acessada pelo portal científico PubMed, referência em ciências e pesquisa biomédica, da Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos (NLM) e do Centro Nacional de Informação em Biotecnologia (NCBI).
Compartilhe isso:
- Clique para compartilhar no Twitter(abre em nova janela)
- Clique para compartilhar no Facebook(abre em nova janela)
- Clique para imprimir(abre em nova janela)
- Clique para compartilhar no LinkedIn(abre em nova janela)
- Clique para compartilhar no Telegram(abre em nova janela)
- Clique para compartilhar no WhatsApp(abre em nova janela)