Estudo indica que é prejudicial tentar acalmar o filho com os celulares e eletrônicos - Rede Gazeta de Comunicação

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Estudo indica que é prejudicial tentar acalmar o filho com os celulares e eletrônicos

É muito comum na realidade de pais de filhos pequenos, que eles se agitem, fiquem bravos ou frustrados quando querem alguma coisa. No entanto, nem sempre essa situação é fácil de lidar, e, na maioria das vezes, aparentemente, a opção mais rápida é expondo a criança a uma tela de um celular ou televisão. Mas um estudo aponta que essa solução pode não ser benéfica, prejudicando o controle emocional no futuro.

Conforme a Drª. Jenny Radesky, pediatra de Desenvolvimento Comportamental e autora principal da pesquisa, ao reagir rapidamente a esse tipo de situação e não ter o devido cuidado, pode se tornar um problema maior para se lidar posteriormente. “Mesmo aumentando ligeiramente a reatividade emocional de uma criança, apenas significa que é mais fácil que, quando uma dessas frustrações diárias surgir, você terá uma reação maior”.

Através de um levantamento feito com pais e cuidadores, o estudo mostrou que o descontrole emocional de crianças – principalmente as que já lutavam com esse problema – foi relacionado ao uso regular de dispositivos digitais para driblar comportamentos, como acessos de raiva e choro descontrolados. De acordo com Radesky, dois problemas surgem com a “estratégia” de ocupar o filho com a mídia: tira a chance de ensinar a criança sobre como responder a emoções difíceis e acaba reforçando que demonstrando emoções difíceis pode conseguir o que quer.

O resultado desse estudo dialoga com as atuais recomendações da Academia Americana de Pediatria, da Organização Mundial da Saúde e da Academia Americana de Psiquiatria Infantil e Adolescente, que orientam que crianças de 2 a 5 anos devem ter tempo de tela muito limitado. (JOYCE ALMEIDA – Sob supervisão de Stênio Aguiar)