Estado investiga mais um caso suspeito da variante Delta em Montes Claros - Rede Gazeta de Comunicação
Estado investiga mais um caso suspeito da variante Delta em Montes Claros

GIRLENO ALENCAR

O Estado está investigando mais um caso suspeito da variante Delta da Covid-19 em Montes Claros. O secretário estadual de saúde, Fábio Baccheretti destacou em entrevista coletiva que a circulação da variante em Minas Gerais ocorre de forma proporcionalmente mais lenta quando comparada com outros estados. Até o momento, o Estado tem 12 casos da cepa já identificados, outros oito são considerados prováveis. Entre os suspeitos, há mais um caso de Montes Claros. “No estado de Minas, a variante Delta representa 0,4% dos estudos genômicos”, explicou ao dizer que 200 amostras genéticas estão sendo analisadas aleatoriamente por semana em MG. No RJ, por exemplo, esse percentual chega a 60%, conforme o secretário. “Dentro das testagens que a gente faz da variante Delta, a gente está focando nas regiões mais próximas do Distrito Federal e do Rio de Janeiro, que são as regiões que têm mais casos da variante Delta”, detalhou. O secretário afirmou ainda que a variante mais comum em MG ainda é a Gama, antes chamada de P1. Independente da cepa, ele ressaltou que as medidas de prevenção são iguais.

A Universidade Federal de Minas Gerais informou que as variantes Alfa, Gama e Delta do novo coronavírus foram identificadas em 10 Regionais de Saúde mineiras pelo Observatório de Vigilância Genômica de Minas Gerais (OViGen-MG), consórcio de diferentes centros de pesquisa, coordenado pelo professor Renan Pedra, do Laboratório de Biologia Integrativa da Instituto de Ciências Biológicas (LBI-ICB) da UFMG. A variante Delta (B.1.617.2), identificada pela primeira vez em outubro de 2020 na Índia e mais transmissível do que o Sars-CoV-2 original, foi confirmada pelo LBI-ICB como causa da Covid-19 em sete casos: um, em Belo Horizonte; um, em Montes Claros; dois, em Unaí e; três, em Manhuaçu.

O fluxo de trabalho começa com amostras diagnosticadas como positivas para o novo coronavírus nos laboratórios da Fundação Ezequiel Dias (Funed), por meio do método molecular de RT-PCR, e com carga viral suficiente para caracterização de variantes (Ct < 28). A caracterização das mutações necessárias para identificar as variantes (N501Y, K417T, E484K e L452R) é feita no laboratório do ICB e no Núcleo de Ações e Pesquisa em Apoio Diagnóstico (Nupad) da Faculdade de Medicina da UFMG. As amostras suspeitas de ser da variante Delta são então sequenciadas, e a confirmação é feita nos laboratórios da Funed.

O OViGen-MG continuará monitorando a circulação de variantes em Minas Gerais e divulgará atualizações sempre que estiverem disponíveis. Esse monitoramento segue recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS), uma vez que essas variantes têm maior capacidade de transmissão e de agravamento da doença. O Observatório de Vigilância Genômica de Minas Gerais (OViGen-MG) é projeto financiado pelos Laboratórios de Campanha e Rede Corona-ômica-MCTI (Rede Vírus-MCTI), pela Cooperativa de Laboratórios da UFMG (Coolabs) e pela Funed. Além do LBI-ICB, do Nupad-UFMG e da Funed, é formado por pesquisadores da Secretaria de Saúde de Minas Gerais.

Além do trabalho de caracterização de variantes do vírus da covid-19 realizado pelos pesquisadores do OViGen-MG, a Universidade mantém outra iniciativa de apoio ao monitoramento e combate à pandemia: a caracterização de variantes em Minas Gerais, feita pelo CTVacinas. A atuação do CTVacinas se dá também em parceria com a Funed, vinculada ao governo estadual.

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