EDRAS JOSÉ
Escritor
Nesse perde e ganha, não há tempo pra ficar pensando somente em lucrar. Necessário às vezes mover a peça do jogo da vida para trás. Pra quem sabe, vencermos lá na frente. Inexoravelmente. A vida proporciona essas coisas. Amar o lucro! Enquanto aspirar no próximo, algo útil ou rentável, lhe tolero. Destoa a personalidade em tempos de vacas magras. Desata nó. E pá de cal. Admirável quem consegue consolar, nos momentos de prejuízo. Enfrentar a crise, seja ela qual for. Crente que vida é sinônimo de ciclos. Se esconder na caverna. Expiar os maus espíritos. E se recompor. Pacientemente aguardar as dádivas, plantando o bem. A gripe chinesa de hoje, era inesperada. De igual modo, a gripe espanhola de ontem, fora inesperada. Os cães não usam máscara. Os governos ou desgovernos mundiais (como queiram!), tiveram que aprender a trabalhar no prejuízo, também. O que nos serve de exemplo. Jogando dama ou xadrez, posso entregar uma pedra, numa jogada, e fazer o adversário retroceder, em outra. Mas vencer ao final. Se me sirvo da parceria, enquanto ela der lucro… Provavelmente irei me lascar mais cedo ou mais tarde. Ocioso dizer que o tempo da gente passa rápido. Visando o lucro, e agindo conforme suas expectativas, posso acabar endividando. Diminuindo o padrão de vida. E acabar só! (mais desastroso!). A pandemia serve pra refletirmos: planos imediatistas combinam com o fracasso. O fantástico cérebro humano acusa, quando as conquistas em curto prazo, já perderam o significado. O auxílio emergencial se transformou em médio prazo. Sem dúvida perpetuará ao povo brasileiro, tendo sido anunciada a prorrogação por mais 04 (quatro) meses. A nossa jornada será profícua, aprendendo a perseverar o cotidiano com pequenos tropeços e derrotas… Nossa, e daqueles que conosco convivem. Está na hora de parir o sonho!
