Psicóloga afirma que excesso de uso dos celulares pode levar a um vício, e, ainda, fazer com que o indivíduo aja de forma ansiosa, impulsiva, depressiva e insegura
JOYCE ALMEIDA
Desde que a tecnologia se tornou mais presente na vida das pessoas, surgiram muitas mudanças que essa importante evolução trouxe para a sociedade, como, por exemplo, as praticidades proporcionadas por um celular. No entanto, o uso em excesso dos recursos virtuais pode trazer inúmeras consequências para a saúde psicológica do ser humano.
A psicóloga Regiane Lucas de Oliveira explica que o avanço da tecnologia, sobretudo nos últimos anos, apresenta um marco nas vivências humanas. “Seu impacto nas últimas gerações exerce influência notável em vários sentidos: cognição, saúde física e mental, socialização, economia, entre os vários aspectos que englobam o ser humano. Especialmente durante e após a pandemia, o uso de aplicativos de compras, jogos e redes sociais aumentou consideravelmente. Tanto pelas aulas, trabalhos e reuniões – ocorrendo na modalidade on-line e a necessidade de contato com as pessoas – como para ocupação de tempo e praticidade”, esclarece a psicóloga.
De acordo com a especialista, os jovens estão cada vez mais expostos às telas, como o computador, tablet, videogame e celular. “Os efeitos devido a esse excesso de contato pode levar a um vício, principalmente como consequência neurológica. A facilidade encontrada por resolver tudo em um ‘click’, pode fazer com que, diante da realidade, o indivíduo aja de forma ansiosa, impulsiva, depressiva e insegura”, explica Regiane.
Surge então, segundo a psicóloga, uma série de problemas, como a dificuldade em manter o foco em atividades que exigem esforço, como estudar, ler, praticar esportes ou serviços domésticos. Além de prejudicar a qualidade e a quantidade de sono, tanto pela necessidade de uso contínuo dos aparelhos digitais, e também, pelos efeitos psíquicos e respostas do sistema nervoso.
“O sedentarismo também é um dos resultados decorrentes deste problema que acomete o desenvolvimento motor e a cognição: atenção, memória e concentração. Apesar de ligar pessoas de todo o mundo, acaba gerando um distanciamento entre os fisicamente próximos”, finaliza a doutora.
Alisson Souza, de 21 anos, considera que usa muito a internet, porém, além do lazer, ele busca fortalecer o aprendizado. “Fico muito tempo ao celular e conectado às telas, como Netflix e YouTube, mas sempre procuro obter conhecimento de coisas diferentes que possam me acrescentar. Considero que ficar muito tempo em contato com essas tecnologias faz mal, porém depende muito do conteúdo que é consumido, que pode ser útil ou desnecessário. Penso que se usar bem essas ferramentas, como por exemplo, o celular. Podemos aumentar mais ainda o nosso conhecimento e praticidade ao nosso dia a dia”, conta o jovem. (Sob a supervisão de Stênio Aguiar)
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