O Programa Transformação em Jogo, do Sistema Faemg em parceria com o Sebrae, premiou nesta semana quatro escolas do Norte de Minas, das cidades de Nova Porteirinha, Glaucilândia, Januária e Coração de Jesus. As instituições participaram de um concurso de vídeos que abordou as perspectivas de futuro dos jovens do meio rural, concorrendo com escolas de todo o estado. Cada escola levou o prêmio de R$ 5 mil, que deverá ser destinado para promover melhorias nas instalações das unidades de ensino.
Participaram do projeto alunos de escolas públicas estaduais e municipais, de 11 a 18 anos, divididas entre ensino fundamental e médio. Ao longo de vários meses, alunos e professores trabalharam em sala de aula temas ligados à educação empreendedora e o protagonismo juvenil, desenvolvendo importantes valores e novo olhar sobre o mercado de trabalho rural.
Escolas premiadas
Na categoria ensino fundamental, foram premiadas as escolas estaduais Erezinha Antunes Martins, de Nova Porteirinha, e Maria Carneiro da Cruz, de Glaucilândia. Já para o ensino médio, foram premiadas as escolas estaduais Antônio Corrêa e Silva, de Januária, e São Sebastião, da cidade de Coração de Jesus.
Joice Emanuele Santos Silva, de 15 anos, foi a escolhida para conduzir o vídeo premiado da escola Erezinha Antunes. Na unidade escolar foi criado um bazar como projeto de encerramento do Transformação em Jogo. Com a sala decorada, os alunos colocaram diversos itens de vestuário, como roupas e sapatos, doados por professores e profissionais da escola. A produção do vídeo completou a ação, mostrando os bastidores da montagem do bazar e também o dia da realização do evento, que teve todo lucro revertido para a festa do estudante.
“Fiquei surpresa com o resultado e a conquista do prêmio. O vídeo teve objetivo de mostrar a culminância do projeto, onde aprendemos muito sobre o empreendedorismo. Gostei muito, foi um aprendizado diferente, que já desperta sonhos”, comentou a jovem estudante.
“Trabalhar este projeto na sala de aula foi muito importante, tanto para mim quanto para os alunos, que acataram a ideia de imediato. Essa ação certamente vai trazer uma visão de mundo diferente e será importante para o crescimento deles, meios para sonharem cada vez mais”, finalizou a professora da Erezinha Antunes, Maria Bremotilde Damasceno, que foi a responsável pelas aulas do Programa Transformação em Jogo.
Quem também celebrou a conquista foi Marcos Saulo dos Reis, de 13 anos, estudante da escola Maria Carneiro da Cruz. Na unidade de ensino a escolha para o projeto final foi a de construir com os alunos um empreendimento, através de uma confeitaria. No vídeo final, Marcos ensina o passo a passo para a produção de um bolo caseiro. “Essa foi uma experiência legal, divertida. Nunca tinha feito um vídeo, por isso fiquei nervoso no começo. Até então, nunca tinha estudado sobre empreendedorismo, então foi importante, podemos experimentar algo novo”, relatou o jovem.
Para o diretor da escola, o resultado do prêmio será muito bem-vindo para reformas e melhorias na estrutura. Mas ele revela que o maior ganho será na perspectiva futura dos jovens que participaram do programa. “O Transformação em Jogo despertou em todos da escola. Vimos o quanto essas parcerias são importantes para desenvolver na vida dos alunos, resgatando ensinamentos e incorporando o que aprendem em casa. Serão seguramente adultos ainda mais conscientes”, comentou Evandro dos Reis Costa.
Outros projetos que foram premiados
Na escola São Sebastião, em Coração de Jesus, os temas bem-estar, beleza e estética fizeram parte da condução do programa Transformação em Jogo, que contou com a experiência prática vivenciada por uma das alunas da escola. A jovem empreendedora Nicole Kinberli Lamberti Silva, de 16 anos, tem um pequeno negócio de estética, onde atua nas horas de contraturno escolar. Ela levou para dentro da sala de aula um pouco do que já realiza no seu próprio negócio. “Consegui levar um pouco da experiência que tenho, para incentivar mais colegas a também buscarem alternativas de trabalho, já que muitos costumam encerrar o ensino médio sem saber o que fazer. Achei muito interessante o programa exatamente por ter essa oportunidade, trabalhar este tema dentro da escola”, destacou a aluna.
O professor de história da escola, Antônio Geraldo Alves Barbosa, que orientou o Transformação em Jogo, revela que trabalhar teoria e prática do universo empreendedor ajudou os alunos a abrirem ainda mais a cabeça para novas possibilidades locais, evitando que muitos deles deixem a cidade em busca de empregos.
“Foi possível eles visualizarem este potencial dentro da própria realidade, da possibilidade de exercer atividade profissional. Aqui vivemos uma realidade de êxodo rural, então, é importante pensar possibilidades de renda na própria região. Ao longo do programa falamos sobre diversos tipos de prestação de serviços, do negócio próprio, para quando chegarem ao fim do ensino médio saberem onde podem trilhar, como se orientar para o mercado de trabalho. Vendo essas portas ainda na formação básica, estes alunos podem pensar melhor qual caminho vão seguir”, explicou o docente.
(RICARDO GUIMARÃES – Colaborador)
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