Entenda como vacinação contra a Covid-19 impacta a relação de trabalho (parte 2) - Rede Gazeta de Comunicação

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Entenda como vacinação contra a Covid-19 impacta a relação de trabalho (parte 2)

ALESSANDRA COBO

Advogada especialista em Direito do Trabalho

A todos os profissionais, e em especial para os que pertencem ao grupo de risco da Covid-19, a vacinação chegou para dar segurança. Ante toda a turbulência e missão em salvar vidas, os trabalhadores precisam e merecem ter as próprias vidas em segurança. É sabido que os profissionais que foram afastados receberam o imunizante e continuam atuando telemedicina, por exemplo. No entanto, a tendência é que, após tomarem a segunda dose, comecem a retornar ao trabalho presencial.

Prevenção e controle

O atual processo de vacinação não só no estado de São Paulo, mas sim em todo o país, está longe do aceitável para que possa atingir a segurança no ambiente do trabalho. Por mais que os empregadores forneçam EPI’s, o risco de contaminação é elevado, seja no próprio ambiente laboral, seja no trajeto de casa para o trabalho – trabalho para casa.

Vale dizer que não basta o fornecimento dos EPI’s, esses precisam ser de qualidade e quantidade suficiente para as trocas necessárias conforme as orientações do fabricante. Além disso, é necessário treinamento dos profissionais para a paramentação e desparamentação.

Mesmo com a imunização de médicos, enfermeiros e demais trabalhadores da saúde, os profissionais continuam apreensivos. Os problemas estruturais nos hospitais continuam, além do número baixo de profissionais versus o aumento da demanda e insuficiência de leitos.

Portanto, torna-se impossível o profissional da saúde se sentir totalmente seguro porque tomou a vacina. Nenhum imunizante é 100% eficaz e o Brasil concentra novas variantes da Covid-19. Tanto é verdade que os estados oscilam de fase a todo momento, justamente porque a situação ainda está grave.