GIRLENO ALENCAR
A Câmara de Vereadores de Montes Claros realizou na quarta-feira (9), audiência pública para debater a violência obstétrica, dentro da semana de combate a violência obstétrica. Enquete feita num grupo de mães, 87 por cento das mulheres disseram que já sofreram algum tipo de violência obstétrica.
Além do público e vereadores, participaram da audiência, de forma presencial, as representantes do Grupo de Apoio à Gestante e Puérpera promovido pelo “Mães Unidas de Montes Claros”, Laiza Coelho Gomes; o projeto Tecendo Redes Gislene, Graziele Guedes; a Associação Brasileira de Enfermeiras obstétricas – Seção Minas Gerais, Sibylle Emilie Vogt; o grupo de Estudos das Condições de Saúde das Gestantes e Puérperas em Montes Claros, Talyta Sâmara Batista; a advogada Maria Tereza Queiroz e; a coordenadora do Programa Saúde da Mulher da prefeitura de Montes Claros. Participaram via remota a deputada estadual Leninha (PT), a representante da Superintendência Regional de Saúde de Montes Claros, Ludmila Gonçalves; a médica Caroline Reis e; a advogada Andréia Mesquita.
A vereadora proponente lembrou que março é um mês de luta em favor da mulher, onde todas têm a oportunidade de relembrar as lutas históricas que deram mais qualidade de vida e direitos garantidos em lei. A semana estadual de combate à violência obstétrica é uma oportunidade para discutir o abuso sofrido por mulheres quando procuram o serviço de saúde, não apenas na hora do parto, mas, também antes e depois de terem suas crianças. “Esses fatos podem ocorrer como violência física ou psicológica que trazem traumas. Esse termo não se refere apenas ao trabalho dos profissionais de saúde, mas também de infraestrutura que essas mulheres são submetidas nas clínicas e hospitais. Por isso a necessidade de trazer para essa Casa um assunto tão importante, destacou a vereadora Iara.
A representante do Grupo de Apoio à Gestante e Puérpera Laiza Coelho Gomes Rezende relatou que em uma enquete feita em um grupo de mães, 87 por cento das mulheres disseram que já sofreram algum tipo de violência obstétrica e mais de 50 por cento delas não sabem como se proceder em caso de violência, onde denunciar ou mesmo buscar ajuda para terem suas feridas saradas e destacou: “precisamos aceitar que isso acontece, exigir e apoiar políticas públicas que ajudem essas mulheres”.
A deputada Leninha, lembrou que há mais de dez anos vem construindo o 8 de Março, buscando contemplar na programação da semana, a discussão de projetos, desenvolvendo ações e denunciando as violências, de toda ordem, contra as mulheres: “ A pandemia nos impediu mais uma vez de sair as ruas para a marcha das mulheres mas não nos silenciou, ao contrário, trouxemos para o campo das discussões denúncias de violência como é o caso do tema dessa audiência”, destacou Leninha.
A representante da Superintendente Regional de Saúde de Montes Claros, Ludmila Gonçalves Barbosa destacou que a SRS incentiva todos os municípios, como também os prestadores hospitalares, que dão assistência materno infantil, realizarem ações de sensibilização de seus profissionais durante essa semana estadual de combate a violência obstétrica e no ano inteiro.
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