Encontro das licenciaturas discute institutos e gamificação - Rede Gazeta de Comunicação

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Encontro das licenciaturas discute institutos e gamificação

Teve início ontem (16), em Salinas, o Encontro das Licenciaturas, que nesta edição terá como tema a “Formação de professores em debate” e está sendo realizado pela via remota, pelo campus do Instituto Federal do Norte de Minas. Hoje as discussões são para o universo mais particular das instituições da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica, da qual o IFNMG faz parte. O tema será “Institucionalidade e currículo integrado: perspectivas para formação docente nos institutos federais”. A mesa contará com a participação dos professores Eliezer Moreira Pacheco e Admilson Eustáquio Prates, e mediação da professora Giuliana de Sá Barros.

Amanhã, na última mesa, os professores Rafael Rix Geronimo e Bergston Luan Santos discutirão as “Trilhas lúdicas: a gamificação e os jogos como um horizonte possível para futuros docentes”. A gamificação e os jogos apresentam-se como recursos metodológicos para a construção de conceitos de determinados conteúdos. E, ao contrário do que se possa pensar, a tecnologia digital não é obrigatória para se praticar a gamificação, que não é uma estratégia nova e pode ocorrer em um contexto analógico. Os jogos, independentemente de serem digitais ou analógicos, precisam ser compreendidos como elementos mediadores da possibilidade de aprendizagem, pensados como apoio, assim como o livro e demais materiais didáticos, por exemplo.

Ontem, as discussões foram sobre “Rumos, possibilidades e desafios da formação de professores”, com as professoras Bernadete Angelina Gatti e Edna Guiomar Oliveira, e mediação do professor Lucas Diego Barbosa. Segundo os organizadores do evento, os desafios da formação inicial de professores em tempos de pandemia estão relacionados ao acesso e à permanência dos estudantes na instituição. O período estendido do distanciamento tem desmotivado os alunos e a adaptação ao ensino remoto trouxe como consequência o aumento da evasão nos cursos de licenciatura.

Na avaliação dos organizadores do evento, mesmo com todos esses elementos desafiadores, tanto para os estudantes, quanto para os docentes, os professores têm procurado minimizar os danos e lidar com as tecnologias dentro do campo educacional, o que os obrigou a olhar para esse aspecto como um caminho a ser mais explorado no campo pedagógico, um aliado importante. Eles frisam, no entanto, que a questão do acesso às tecnologias é algo que precisa de formação e investimento público, sem os quais não se pode pensar em desenhos ou cenários de um futuro promissor. E fazem um alerta: se não ocorrerem políticas públicas voltadas à continuidade formativa para o uso de tecnologias, após a diminuição do isolamento social, voltaremos à “estaca zero”.

Para além das novas questões trazidas pela pandemia, as discussões também perpassarão desafios que são recorrentes na formação de professores, como a falta de compreensão dos professores formadores e/ou da instituição de ensino quanto ao real objetivo de um curso de licenciatura, que é formar professores para atuar na educação básica. (GA)