A Construtora Gilberti, de Goiania, desistiu em caráter definitivo de fazer as obras da ponte na avenida Minas Gerais, antiga Perimetral, que interliga os bairros JK e Floresta, em Montes Claros. Desde o dia 12 de abril a empresa venceu a licitação pelo valor de R$ 1.144.759,19 apesar do valor máximo para a execução das obras ser de R$ 1.165.705,58. A empresa alega que o valor do aço subiu demais e em consequência, dos materiais de construção. O curioso é que na primeira licitação, a Connor Engenharia venceu a licitação com um preço similar, mas quando esperava a ordem de serviço para fazer a obra, foi surpreendida com o cancelamento do processo licitatório. Ontem de manhã o vice-prefeito e secretário municipal Guilherme Guimarães anunciou que ainda essa semana deverá ser publicado o novo edital da nova licitação. Ele explica que estuda-se a possibilidade da própria Prefeitura executar o serviço, ganhando prazo, pois dispensaria a licitação.
A nova ponte atenderá a uma antiga reivindicação dos moradores, já que a ponte atual permite a passagem de apenas um veículo por vez. Aproximadamente, quatro mil veículos, entre carros de passeio, motos, caminhões, ônibus do transporte coletivo e de estudantes passam pelo local diariamente. Com a construção da nova ponte, um grande gargalo de trânsito será solucionado de forma definitiva. Ela é o principal ponto de acesso aos campus do Instituto de Ciências Agrárias, Instituto Federal do Norte de Minas, Faculdades Funorte e Santo Agostinho, além do Presidio Regional e ainda de escoamento dos caminhões que entram no Distrito Industrial.
A Agência Nacional de Transportes Terrestres liberou, com quatro anos de atraso, a autorização para a construção dessa nova ponte. Desde o ano de 2016 que a Prefeitura lutava para fazer a obra, mas esbarrou nas dificuldades de negociação inicialmente com a VLI, empresa controladora da Ferrovia Centro-Atlântica, depois com o Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre e por fim com a ANTT. A obra foi liberada, com o projeto elaborado pela Prefeitura implicando que a atual ponte, com capacidade de receber apenas um veículo, será totalmente retirada e no local colocada uma ponte duplicada. A ponte atual foi construída por iniciativa do então empresário Ruy Lage, da então Metalúrgica Norte de Minas, como forma de permitir que os filhos dos metalúrgicos pudessem assistir as aulas na então escola municipal.
O projeto inicial seria construir uma ponte ao lado da atual, para permitir a mão dupla. Porém, isso implicaria em impedir o fluxo das locomotivas e vagões ferroviários. Pelo novo modelo, as paralisações serão apenas quando tiver de instalar as vigas, com três horas no máximo.
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