Nome de Anastásia surge para presidir o Senado
O senador Antônio Augusto Anastásia (PSD), atual vice-presidente do Senado, teve seu nome colocado ontem como um possível sucessor do presidente David Alcolumbre que até prova em contrário, não poderá se candidatar novamente por decisão do STF. Estava tudo acertado que o Supremo Tribunal Federal iria permitir a reeleição de Alcolumbre no Senado e Rodrigo Maia na Câmara, mas prevaleceu o que está na Constituição. Anastasia, pode até aceitar, já que é um dos senadores mais respeitados da Casa, difícil mesmo está em convencê-lo a disputar um novo mandato.
Laxantes perdem no STF
A banda boa podou o maior vexame do STF no apagar das luzes de 2020. Os ministros Luís Roberto Barroso, Edson Fachin e Luiz Fux, enfrentando a banda podre, votaram neste domingo contra a possibilidade de reeleição dos presidentes da Câmara e do Senado. Com os três últimos votos, o Supremo barrou a tese de reeleição na mesma legislatura. Sem o conhecido saber jurídico e sem o reconhecimento de seus pares às suas esdrúxulas teses teratológicas, Gilmar Mendes se recolhe à sua insignificância como guardião da Constituição. Ao derrotar Gilmar Mendes, o STF derrotou o bando anti-Lava Jato que domina o Parlamento e, também, Bolsonaro. Chega de tanto escárnio com a população que não tem culpa de ter ministros que não correspondam à grandeza do cargo. No julgamento do Supremo, que ocorreu no plenário virtual, onde o voto é dado por escrito, Kassio Nunes foi o único a sustentar que a regra não deveria valer para quem já foi reeleito, o que impediria Maia de buscar mais um mandato no comando da Câmara. A tese de Kassio, primeiro indicado de Bolsonaro a uma vaga no STF, favorece as articulações do governo, que tentava derrotar Maia e reeleger Alcolumbre à frente do Senado. Muita coincidência de pensamento com o seu padrinho político.
Farpas nos filhos do presidente
Sempre criticado pelos irmãos Flavio, Carlos e Eduardo Bolsonaro, ao perguntarem ao vice-presidente Hamilton Mourão o que ele achava dos três filhos do presidente, Mourão não se fez de rogado: “são três moleques”. Desde o início do governo, os filhos do presidente fazem críticas abertas ao vice-presidente. Agora, a guerra está declarada e o presidente com toda sua força não pode fazer nada com o seu vice que foi eleito como ele.
Decisão do presidente, entretanto, é não interferir nas eleições na Câmara e no Senado
Jair Bolsonaro bateu o martelo: sua torcida é pela vitória do Líder do Governo no Congresso, Eduardo Gomes (MDB-TO), na disputa pela presidência do Senado, e do Líder do PP, Arthur Lira (AL), na presidência da Câmara. Mas a decisão do presidente, deputado por 28 anos, é não interferir nas eleições, até porque, historicamente, essa atitude mais atrapalha que ajuda candidaturas simpáticas ao Planalto. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder. O PP decidiu que Arthur Lira será seu candidato. O apoio foi proposto à bancada pelo presidente do partido, senador Ciro Nogueira (PI). Na segunda (7), Bolsonaro recebeu inúmeros telefonemas e mensagens de políticos e dirigentes partidários pró-Eduardo Gomes. O Líder do Governo no Congresso não quis admitir sua candidatura publicamente antes que Davi Alcolumbre, atual presidente, se manifeste.
Acabaram as desculpas
Sem chances de permanecer na presidência da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) cobra, agora, a retomada articulação do governo e dos congressistas para “sentar à mesa e aprovar o que é importante” no Congresso Nacional. Segundo Maia, “acabaram as desculpas, a eleição já passou. Eu não sou candidato a presidente da Câmara, eles não precisam mais me derrotar”. Ele ressaltou não ter problema com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e que atua junto do chefe da equipe econômica para a aprovação da PEC Emergencial, medida que prevê gatilhos de contenção de despesa para manter a sustentabilidade do teto de gastos. Mas criticou a escolha do governo de enviar o texto primeiro ao Senado e a demora para a apreciação da proposta, que deveria ter sido enviada em 5 de dezembro de 2019
Maia e o balanço de sua gestão
Os últimos anos resgataram a autoestima dos deputados federais. Com efeito, as reformas que foram empreendidas, a independência em relação ao Executivo, o freio do toma lá dá cá, mostraram à sociedade que é por meio dos representantes do povo que o país pode subir a escada do desenvolvimento. Nesse cenário, é preciso dar os devidos créditos a quem conduziu a Casa para esse cenário de bonança: Rodrigo Maia se colocou como um verdadeiro estadista, merecendo um lugar de destaque na ainda curta história democrática brasileira.
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