Caminho claro
O ex-deputado Saraiva Felipe deve lançar o seu nome ao Governo de Minas. Uma ala do partido sustenta que a candidatura de Saraiva Felipe pode ser a alternativa para que o ex-presidente Lula tenha um palanque em Minas, já que está cada vez mais difícil uma aliança em torno da candidatura de Alexandre Kalil. A bancada federal do PSD defende o apoio ao presidente Jair Bolsonaro, mas Kalil deixou claro que tem “um caminho claro, meu espectro não é do Bolsonaro”.
Perdendo apoio
Algumas surpresas aguardam o ex-presidente Lula em sua passagem por Belo Horizonte na segunda-feira. Partidos alinhados ao projeto do PT assistem ao apoio explícito de parlamentares a candidatura de Alexandre Silveira, do PSD ao Senado. Uma dessas manifestações aconteceu quando o senador mineiro recebeu o apoio do único deputado estadual do PCdoB, Celinho Sinttrocel. O deputado reafirmou “o meu compromisso, como único deputado do PCdoB de Minas nesta legislatura, ao apoio à pré-candidatura do senador Alexandre Silveira. O senador é muito importante para todos nós, para o Vale do Aço, para o Colar Metropolitano, para Minas Gerais. Ele é arrojado e vai sempre lutar e representar Minas”. O PCdoB está alinhado com o PT, que lança na segunda-feira à pré-candidato ao Senado, Reginaldo Lopes.
Lucro da Petrobras
A divulgação do lucro líquido da Petrobras de R$ 44 bilhões no primeiro trimestre deste ano foi um dos principais assuntos no mercado financeiro. Foi um salto notável na comparação com o mesmo período de 2021. Por trás disso está a disparada na cotação do petróleo, que foi impulsionada pela invasão da Ucrânia pela Rússia. A receita total chegou a R$ 141 bilhões. O presidente Jair Bolsonaro chamou o lucro da empresa de “estupro” e apelou contra novas altas no preço do combustível. Há poucos dias o presidente da Petrobras, José Mauro Coelho, disse que, “por anos”, a companhia deixou de pagar dividendos para União e demais acionistas e “praticou investimentos que não geraram resultados”.
O sobe e desce das pesquisas
O humor do eleitor é como o tempo, muda com frequência. As pesquisas apontavam vitória do ex-presidente Lula no primeiro turno, passou para o segundo e, agora, apontam crescimento de Bolsonaro. A incontinência verbal do Lula, que culpou Volodmir Zelenski pela guerra na Ucrânia em recente entrevista à Time, aliada a outras falas absurdas, está deixando o eleitor sem opção. Ter que optar por Bolsonaro ou Lula deixa o eleitor numa sinuca de bico. Se ficar o bicho come, se correr o bicho pega.
Uma conta difícil
Os aumentos constantes no preço dos combustíveis estão fazendo com que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, “quebrar a cabeça” para buscar uma equação que agrade o governo federal e os estados para ter um valor que onere menos o bolso do consumidor. Pacheco postou em seu Twitter que “em busca de um consenso para reduzir o valor dos combustíveis, irei dialogar com os secretários estaduais junto com o ministro Paulo Guedes, presidente do Confaz. A intenção é de que as novas regras, aprovadas no Congresso, sejam aplicadas, reduzindo o valor dos combustíveis”. O problema é que ninguém quer perder arrecadação e a alta dos combustíveis está ajudando os estados e a União a engordar seus cofres, a Petrobras que o diga. O lucro da Petrobras de R$ 44,5 bilhões em três meses surpreendeu até os mais otimistas.
Réu confesso
Escolhido para ser relator do Orçamento de 2023, o senador Marcelo Castro MDB-PI, admitiu que o orçamento secreto não acabou. Ele reconheceu que a proposta para o próximo ano ainda tem brechas para deixar ocultos os verdadeiros padrinhos da distribuição de verbas por meio de emendas parlamentares, contrariando decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que exige transparência.
