Réquiem para o PSDB
O PSDB, de Fernando Henrique Cardoso, foi a principal vítima da degradação política que ajudou a dar à luz e a nutrir, abrindo as portas para o que há de mais primitivo e cruel no país. Deixou órfãos — e a reboque dos radicais — políticos e eleitores que poderiam dar sustentação a uma direita civilizada como as democracias sempre comportam. Nenhum dos candidatos da chamada terceira via parece, por ora, ser capaz de agregar. A sigla PSDB morreu, literalmente, quando seus eleitores desiludidos migraram, em massa, para Jair Bolsonaro. O ressurgimento do PT é fruto de todas as nossas desilusões políticas que estão a enterrar todas as esperanças de um povo que clama por renovação. O Brasil não é mais o país do futuro. Ele é, apenas, refém de seu próprio passado. E por ironia do destino, apesar de tudo e de todos, o PT sobreviveu para assistir ao funeral do tucanato.
O difícil legado de Dilma
As reclamações da presidente Dilma Rousseff de que seu governo não pode ser esquecido na campanha do ex-presidente Lula à presidência da República, de nada tem adiantado. O posicionamento do marketing da campanha do petista é a de que defender o governo Dilma é o mesmo que dar um tiro no pé. O legado que será lembrado será o dos oito anos do governo Lula. Dilma está fora.
O ano eleitoral e a necessidade de reformas
O debate para “o ano eleitoral e a necessidade de reformas – O Brasil na visão do presidente do Senado”. Em um almoço-palestra, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, vai falar do convite para a disputa à presidência da República pelo PSD, e do caminho que vai tomar nesse processo em busca de uma terceira via. O evento será presencial, na AA Wine Experience, na rua Curitiba, 2102, no bairro de Lourdes.
Datena é convidado para ser vice de Ciro Gomes
Enquanto Ciro Gomes intensifica a sua agenda em Minas Gerais, o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, corre para fechar com José Luiz Datena para que ele seja o vice na chapa de Ciro par a presidência da República. Datena ainda não disse se aceita o convite e, enquanto isso, mantém conversas com o PSDB e com Tarcísio de Freitas, que deve disputar o governo de São Paulo pelo PL.
Revisão da Lei de impeachment
Será instalada, no Senado, a Comissão de Revisão da Lei de Impeachment do Senado. A sessão contará com a participação, além do presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, com a do ministro do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, que foi nomeado para presidir a comissão, que será formada por 11 pessoas. O nome de Lewandowski não foi escolhido por acaso. Ele foi o responsável por presidir o impeachment da presidente Dilma Rousseff em 2016. Um dos pontos mais questionados do processo de afastamento da petista foi a manutenção dos seus direitos políticos, diferente do que está na Constituição. Dilma ainda tentou uma vaga no Senado por Minas Gerais nas eleições de 2018, mas amargou um quarto lugar. Dentre os convidados para a comissão estão o ministro do TCU, Antônio Anastásia, e o ex-presidente da OAB, Marcus Vinicius Furtado Coêlho.
Caminhoneiros querem greve contra aumento dos combustíveis
O aumento da gasolina em 18,8% e do diesel em 24,9% pode custar caro não só para o consumidor, o preço para o governo pode ser ainda pior. Um dos líderes dos caminhoneiros, Wanderlei Alves, o Dedeco, está falando em parar o Brasil novamente, a exemplo do que aconteceu no governo de Michel Temer, quando eles fecharam as estradas brasileiras causando o desabastecimento que durou de 21 de maio a 1º de junho. Segundo Dedeco, ninguém vai aguentar esse aumento e muitas empresas e caminhoneiros autônomos vão quebrar. Para ele, a guerra da Rússia conta a Ucrânia está servindo como “desculpa para enriquecer ainda mais os donos da Petrobras”. Ontem, o Senado aprovou a adoção de alíquota única do ICMS sobre os combustíveis em todo o país.
Dilma Rousseff e Hamilton Mourão se encontram no Chile
A ex-presidente Dilma Rousseff e o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, devem se encontrar próximo dia 16, em Santiago do Chile. Ambos vão à capital chilena para participar da cerimônia de posse do presidente eleito, o esquerdista Gabriel Boric. Dilma vai representar o PT e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o general Mourão foi designado pelo presidente Jair Bolsonaro para representar o governo brasileiro na cerimônia. A eleição de Gabriel Boric, de apenas 35 anos, ex-líder estudantil, da frente de esquerda Apruebo Dignidad, surpreendeu. O mais jovem presidente da história do Chile foi eleito com uma ampla vantagem de votos sobre adversário de direita, José Antonio Kast, da Frente Social Cristã. Com 99,88% das urnas apuradas, Boric recebeu 55,87% dos votos e Kast 44,13. E comum entre Dilma e Mourão, por enquanto, é que ambos têm as contas da viagem pagas com dinheiro público.
Compartilhe isso:
- Clique para compartilhar no Twitter(abre em nova janela)
- Clique para compartilhar no Facebook(abre em nova janela)
- Clique para imprimir(abre em nova janela)
- Clique para compartilhar no LinkedIn(abre em nova janela)
- Clique para compartilhar no Telegram(abre em nova janela)
- Clique para compartilhar no WhatsApp(abre em nova janela)