Independência do parlamento
Os trabalhos no legislativo mineiro foram abertos ontem pelo presidente da Casa, deputado Agostinho Patrus que ressaltou que “Infelizmente, começamos este ano sob o símbolo do luto, pelas chuvas, pela tragédia ocorrida em Capitólio e do sempre constante temor com as barragens”. Ele também ressaltou que “a razoabilidade é um dos princípios da administração pública. Só os regimes livres, onde atuam parlamentos livres, podem combater a desigualdade social”. Segundo Patrus, a independência do Parlamento pautará o ano legislativo. O secretário de Governo, Igor Eto, representou o governador Romeu Zema na cerimônia.
Uma retomada cheia de recados
Câmara e Senado retomaram os trabalhos ontem com discursos recheados de recados. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (foto), ressaltou o desafio este ano da defesa da democracia e pediu respeito ao resultado das urnas, enquanto o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), defendeu que o pleito não atrapalhe a votação das reformas, o que pode piorar o cenário econômico. O presidente Jair Bolsonaro (PL), que participou da reabertura dos trabalhos, listou realizações de seu governo e se contrapôs ao ex-presidente Lula (PT) ao afirmar que nunca pedirá ao Congresso a revisão da reforma trabalhista nem controle da mídia.
Preço dos combustíveis azeda relação de Minas com o governo federal
A decisão do governador Romeu Zema de manter a redução da alíquota do ICMS sobre o diesel em 14% vai representar em uma queda na arrecadação de R$ 164,1 milhões no caixa do Tesouro Estadual. O governo de Minas culpa a política de preços de combustíveis praticada pela Petrobras pela situação. No total o estado deixará de arrecadar R$ 98,46 milhões correspondente ao período entre novembro e janeiro, e R$ 65,64 milhões entre fevereiro e março. “Estamos fazendo tudo que está ao alcance do Governo de Minas para amenizar o impacto da inflação ao cidadão. Essa é mais uma medida nesse sentido e que impacta não só o preço do diesel, mas pode influenciar o preço dos demais produtos em função do custo do transporte”, disse Zema.
PSDB inicia conversas com MDB
O presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, avisa que iniciou conversas com o MDB para a formação da Federação, o que para ele é “uma poderosa força política entre partidos, que tem relevante história na vida pública do país”. Ele pondera que há um caminho a ser percorrido, “mas o momento que passa o país exige de nós essa tentativa”. Outro partido que está em negociação com o PSDB é o Cidadania. O PSDB lançou a pré-candidatura de João Doria para a presidência da República e o MDB está defendendo o nome de Simone Tabet.
Tolerância e estabilidade
Com os sinais de mais uma crise entre o presidente Jair Bolsonaro e o Supremo Tribunal Federal, o presidente da Suprema Corte, Luiz Fux, abriu os trabalhos de 2022 pregando tolerância e estabilidade nas eleições. Fux disse que “não há mais espaços para ações contra o regime democrático e para violência contra as instituições públicas” e acrescentou: “a política e as eleições despertam paixões acerca de candidatos, de ideologias e de partidos. Embora esses sejam sentimentos legítimos, a política também deve ser visualizada pelos cidadãos como a ciência do bom governo”.
União Brasil quer Medioli no Governo de Minas
O União Brasil, criado com a fusão do DEM e PSL, parece estar disposto a bancar não só a candidatura de Sérgio Moro à presidência da República, como trabalha para viabilizar palanques fortes para ele nos estados. Em Minas, o partido está de olho em Vittorio Medioli que já foi procurado por representantes da legenda para que ele defenda o partido na disputa ao governo de Minas. Moro, que se filiou recentemente ao Podemos, recomendou um artigo de Medioli em suas redes sociais.
