O quadro de 2022 em Minas
A disputa pelo governo do estado em Minas Gerais esquenta e parece que terá mais protagonistas do que se esperava. O governador, Romeu Zema, Novo, e o atual prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), são reconhecidos como fortes candidatos e lideram as principais sondagens para o Palácio Tiradentes, ou para o Palácio da Liberdade, maior símbolo do poder no Estado. Zema parece estar refazendo seus movimentos, para tentar se deslocar do presidente da República e se aproximar do ex-juiz Sergio Moro, a quem pretende dar palanque em Minas Gerais. Já Kalil faz movimento contrário e já admitiu que busca apoio do ex-presidente Lula na disputa pelo governo do estado. Além deles, a disputa em Minas Gerais deve contar com nomes descartáveis como o deputado federal André Janones (Avante), com a vereadora de Belo Horizonte Duda Salabert (PDT). O senador Carlos Viana, que foi para o MDB também deve concorrer ao Governo de Minas.
Bancada de combate à corrupção
Desde que assinou a ficha de filiação do Podemos, o ex-coordenador da Operação lava Jato, Deltan Dallagnol, sonha em se eleger e trabalhar para que mais 200 candidatos comprometidos com a pauta de combate à corrupção cheguem ao congresso Nacional. A sua ideia é a deformar uma bancada com o propósito de combater essa, que foi uma das bandeiras do presidente Jair Bolsonaro em 2018. Atualmente existe no Congresso uma Frente Parlamentar Mista Ética contra a Corrupção, que até o momento, não conseguiu dizer ao que veio.
Mantega que causou desastre econômico fala por Lula
Se o governo Bolsonaro já não inspira confiança do investidor quanto ao compromisso com a agenda de reformas e a situação fiscal, o candidato a presidente líder nas pesquisas, Lula, tampouco. O petista escolheu o ex-ministro Guido Mantega para falar por ele em artigo sobre a economia brasileira publicado em um jornal de circulação nacional. Guido, como se sabe, é um dos responsáveis pelo desastre econômico ocorrido sob Dilma Rousseff entre 2015 e 2016. Depois, Lula afirmou que não tem porta-voz sobre a economia.
Análise do momento político
Em 2022, o presidente Jair Bolsonaro, fruto da internet, marketing e desgaste da política, agora tem sequelas. O ex-presidente Lula, que foi preso, tem “mensalão” e “petrolão” nas costas. Sérgio Moro virou, simultaneamente, fato novo e vidraça. Ciro Gomes parece andar para trás. Governador do principal Estado, João Doria enfrenta forte rejeição, que, com certeza será revertida. O retrato de hoje é um, mas o filme da eleição é dinâmico como a política, as campanhas e a própria vida. Ninguém ganha ou perde eleição de véspera, muito menos dez meses antes. Vejamos o que o imponderável tem a nos revelar futuramente.
Recessão à vista
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, com o risco de não conseguir cumprir a meta de inflação por dois anos seguidos, reforça a política monetária do Banco Central para que a taxa Selic volte à casa de um dígito. Especialistas não descartam a queda do PIB em 2022, podendo, ainda assim, levar o país à recessão. Dívida deve voltar a subir. Com essas perspectivas, o mercado projeta inflação acima do teto pelo 2º ano seguido. A estimativa do mercado financeiro para o IPCA, o índice de inflação oficial, de 2022 aponta para o segundo ano consecutivo de rompimento da meta a ser perseguida pelo Banco Central (BC).
Privatização da Eletrobras
O governo manteve o cronograma do leilão de capitalização da companhia no primeiro semestre de 2022. Segundo o Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (CPPI), a venda de ações da União para investidores privados deverá ocorrer no primeiro quadrimestre. Apesar de o ministro do TCU, Vital do Rêgo, ter pedido vista, o órgão deu aval para que o governo continue com as próximas etapas da privatização da Eletrobras e essa foi considerada uma grande vitória e um grande reconhecimento do trabalho do governo.
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