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Em dia com a Notícia

Em política tudo pode acontecer

O apresentador Luiz Datena, da TV Bandeirantes, pode se lançar candidato ao governo de São Paulo pelo PSD, caso Geraldo Alckmin decida mesmo ser candidato a vice de Lula na campanha presidencial em 2022. Datena já anunciou que vai se filiar ao partido presidido por Gilberto Kassab. A ideia inicial, no entanto, era a de lançá-lo candidato ao Senado em uma chapa que teria Alckmin candidato ao governo, pelo PSD, e o ex-governador Márcio França a vice, pelo PSB. A revelação de que Alckmin e Lula abriram um diálogo em torno de uma chapa à Presidência da República mudou o cenário.

Peças começam a se acomodar no xadrez político em Minas

A queda de braços entre o deputado federal Newton Cardoso Jr e Adalclever Lopes pelo comando do MDB tem um vencedor. Adalclever Lopes deixou o partido para se filiar ao PSD de Gilberto Kassab e do prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, que, aliás, foi quem abonou a sua ficha. No ato de filiação, ontem, em Brasília, Adalclever também anunciou a sua saída da Secretaria de Governo da prefeitura de Belo Horizonte, para se dedicar exclusivamente aos assuntos partidários, ou seja, a campanha de Kalil ao governo de Minas. Newton Cardoso Jr ensaiou apoio à reeleição de Romeu Zema (Novo) para contrapor a aproximação de Adalclever com Kalil, só não se sabe, ainda, se ele vai seguir nesse caminho.

A hora da sabatina

O senador Davi Alcolumbre, DEM-AP, garantiu que fará a sabatina do ex-ministro André Mendonça para o Supremo Tribunal Federal (STF) na semana que vem, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Ele não marcou a data, mas deixou claro que pretende sabatinar 10 indicados a cargos, entre eles Mendonça, durante a semana de esforço concentrado, entre 30 de novembro e 2 de dezembro. André Mendonça, que aguarda desde julho, quando foi indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para a vaga, evita comemorar antes da hora, mas continua se reunindo com senadores em busca de apoio.

Um apetite que só aumenta

De olho nas eleições, deputados e senadores estão pedindo R$ 112,4 bilhões em recursos públicos para financiar obras e serviços em seus redutos no ano que vem. O valor é sete vezes mais do que já estava reservado e representa aumento de 139% em relação ao que foi proposto em 2020. Do total, R$ 3,3 bilhões são em transferências diretas, conhecidas como “emendas cheque em branco”, nas quais não é preciso prestar contas. E para pressionar o governo segue o impasse em relação à correção do Auxílio Brasil pela inflação. A proposta rejeitada pelo governo, fez com que a votação da MP que cria o programa social, prevista para esta semana, fosse adiada na Câmara.

Entrelinhas

Repercutiu nas redes sociais a declaração do presidente Jair Bolsonaro ontem para apoiadores no cercadinho do Palácio da Alvorada, que “tô louco pra entregar isso aqui”. Os bolsonaristas rebateram dizendo que ele deveria ficar mais tempo. “Entrega não”, pede um apoiador. Outro completa: “Aguenta mais 4, e completa 8 anos”. Em seguida, fez mais um desabafo, dessa vez sobre o Palácio da Alvorada: “bom para visitar, para morar não é bom não”. Bolsonaro disse que a partir de 22 de dezembro vai tirar “uma folga” até o Ano Novo. Estaria o presidente acuado, sentindo o efeito Sérgio Moro?

Lanterna dos emergentes

A economia brasileira deve se ver em posição nada invejável em 2022, pois terá o pior desempenho entre 12 grandes países emergentes, segundo compilação de dados do Fundo Monetário Internacional (FMI) e de cinco grandes consultorias e bancos. As expectativas de Bradesco, Goldman Sachs, Capital Economics, Fitch e Nomura vão de 0,8% a 1,9%. Já o FMI vê avanço de 1,5%, contra média de 5,1% do mundo emergente. Entre as nações analisadas, os piores desempenhos, após o brasileiro, são de África do Sul (2,2%) e Chile (2,5%). Essas perspectivas, porém, podem ser consideradas até otimistas, pois a média das expectativas dos economistas do relatório Focus, do Banco Central, está em 0,93% para o PIB. E já há bancos, como o Itaú, prevendo até retração de 0,5% no ano que vem.