Coragem na transparência
A declaração simples e direta trouxe o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, para o debate político nacional: “Eu sou gay, e sou um governador gay e não um gay governador. Tenho orgulho de poder aqui dizer sobre a minha orientação sexual – quem eu sou – embora devêssemos viver num país em que isso fosse uma não questão”. Foi a primeira vez que um político brasileiro de tal envergadura se declarou gay publicamente. Essa sua coragem se mostra às vésperas de uma campanha presidencial na qual o seu nome desponta como possível candidato ao mais alto cargo político do país. Eis aí um exemplo de honestidade e transparência que o Brasil exige para encontrar um candidato que represente uma terceira via. Vejamos a repercussão de sua postura daqui para frente. No mínimo, ele está fazendo história.
O que é a vida
A ministra do STF Cármen Lúcia criticou as pessoas que não usam máscara de proteção contra a Covid-19. Em uma live sobre o papel da Corte na pandemia, ela disse que não somos “náufragos únicos em um deserto” e acrescentou que “quando continua a haver pessoas que acham que não precisam de tomar previdências, que dizem que não usam a máscara, nem mantém algum tipo de distanciamento uns dos outros, porque isso diz respeito à vida dele. Acho que é alguém que não entendeu nem o que é a vida.”
Em compasso de espera
Desde o final de abril está parada na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado a indicação da nova diretora do Banco Central, Fernanda Guardado (foto). Ela deve assumir a diretoria de Assuntos Internacionais e Riscos Corporativos, assim que passar pela sabatina na comissão e depois aprovação em plenário. As dificuldades do governo do presidente Jair Bolsonaro na Câmara Alta, no entanto, atrasaram a apreciação do nome. Outros ministérios também vivenciam a dificuldade na ratificação de seus indicados. Várias agências reguladoras federais têm operado com colegiados incompletos e carentes de pessoal para tomar decisões. Há até mesmo ameaça de recusa de indicações de algumas pastas, pela falta de negociação política do Palácio ao Planalto. A situação ficou pior depois da instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia, com a radicalização tomando conta do ambiente político no Senado.
Adesão ao plano de Recuperação Fiscal
Ouvido no programa Assembleia Fiscaliza, o secretário de Infraestrutura e Mobilidade, Fernando Marcato, fez um apelo para que os deputados aprovem “o quanto antes, a adesão de Minas ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF). Com isso, o Estado poderá voltar a buscar recursos no multilateral. A aprovação é fundamental para corrermos atrás desse dinheiro.” A construção do Rodoanel também esteve entre os assuntos debatidos e ele lembrou que foram abertas consulta e audiência pública, além da análise de 650 contribuições ao projeto que “é desejado desde a década de 50”
Pensões de filhas de militares
Dados divulgados dos gastos da União de R$ 19,3 bilhões com pagamento de pensões de dependentes de militares no ano passado, fomentaram um intenso debate nas redes sociais. Das mais de 200 mil pessoas que recebem do governo, 60% são filhas de militares que mantêm seu direito adquirido apesar da lei não existir mais. Algumas recebem até R$ 117 mil mensais. Os dados estão no Portal Transparência.
Impasse continua e recursos da Vale estão parados
Governo e deputado não se entendem em relação á forma de destinar aos 853 municípios mineiros o valor de R$ 1,5 bilhão repassado pela Vale. O recurso é relativo ao acordo de reparação da Vale provocada pela tragédia em Brumadinho. Após o avanço da Proposta de Emenda à Constituição (PEC), apresentada para regularizar o repasse, na Assembleia Legislativa, o governador Romeu Zema convocou uma reunião para segunda-feira com os presidentes do Legislativo, Judiciário, Ministério Público e Defensoria Pública para tentar uma solução para o impasse. A falta de um entendimento está acirrando ainda mais os ânimos entre Legislativo e Executivo, que trocam farpas pelas redes sociais.
