VINÍCIOS SANTOS
Aprendemos a chamar de ‘zebra’, quando um time grande, vivendo grande fase, perde para um time que não se encontra em seu melhor momento. Pois bem, o Atlético Mineiro enfrenta hoje em São Paulo o seu maior desafio dos últimos dois anos: buscar um milagroso resultado contra o favoritíssimo Palmeiras – bicampeão da Copa Libertadores, de forma consecutiva.
O Atlético se encontra em seu pior momento, talvez dos últimos três anos, e se confirmada a eliminação, terá como lembrança de 2022 apenas as longínquas conquistas do Mineiro e da Supercopa do Brasil, títulos de pouca expressão; assim como a sensação de que o elenco recheado de estrelas – reforçado após o triplete de 2021, não correspondeu às expectativas.
Apesar de em outros momentos não ser nenhum absurdo o Atlético vencer o Palmeiras, em São Paulo, esta noite certamente será histórica, em caso de vitória mineira, porque são extremamente distintos os momentos das duas equipes. Os paulistas não só dominam a América do Sul nos últimos anos, como é amplo favorito para a conquista do Campeonato Brasileiro este ano. Já o Atlético demitiu o Turco, na intensão de superar a ainda doída eliminação na Copa do Brasil para o arquirrival Flamengo e contratou o ídolo Cuca, que ainda não venceu em seu retorno: sofreu na estreia uma sonora goleada do limitado time do Internacional de Porto Alegre; viu o próprio Palmeiras calar o Mineirão após buscar um empate por 2 a 2, na última quarta-feira; e foi novamente derrotado, em casa, pelo Furacão na última rodada do nacional.
Apesar dos momentos de cada um, há de se esperar e assistir. Há não muito tempo, nesta mesma temporada, o alviverde foi eliminado em casa pelo São Paulo, na Copa do Brasil, quando [também] todos o considerável “já classificado”. E o Atlético já demonstrou força de superação, em outros momentos. É acompanhar, afinal, o maravilhoso do futebol é que ele sempre é imprevisível e acima de qualquer estatística.
