Não existe risco de retorno do racionamento de água para consumo humano em Montes Claros, conforme informações do gerente de operações da Copasa, Rômulo Lima, pois segundo ele, graças às obras de captação de água do rio Pacuí, Montes Claros não enfrenta mais o racionamento hídrico. “A estiagem é uma realidade da nossa cidade e precisamos conviver com ela, economizando deste ao escovar os dentes até em uma irrigação. Agora, estamos levando água potável para as zonas rurais e com isso o abastecimento vai ficando ainda menor. A captação é responsável por 40% da distribuição no município”, explicou o gerente.
A audiência publica realizada pela Câmara de Montes Claros, através de proposta do vereador Edmilson Bispo na noite desta quinta-feira, discutiu soluções sobre os recursos hídricos e energias renováveis no município. A audiência contou com a participação de forma remota dos deputados estaduais, Carlos Pimenta (PDT), Gil Pereira (PSD), representantes da Emater e Codevasf. A falta de captação de água, barraginhas e preservação de nascentes foram apontadas como principais problemas. Para o vereador Edmilson Bispo é hora de repensar o uso da água e métodos de fornecer energia renovável. “No nosso município, assim como em outros da região não existem água suficiente para consumo e abastecimento das hidrelétricas (ao mesmo tempo). Queremos nos reunir para procurar alternativas para a escassez de água”, pontuou o vereador.
Também esteve presente, de forma remota, o subsecretário de Estado de Agricultura Familiar e Desenvolvimento, Ricardo Demicheli, que destacou que nas últimas décadas a crise hídrica se agravou efetivamente. “Não podemos ver essa situação e ficar de braços cruzados. Temos que melhorar nossos esforços para ajudar a população, especialmente o homem do campo; levando energia solar e água potável”, destacou.
O coordenador regional do Instituto de Gestão das Águas no Norte de Minas, Wesley Santos, pontuou algumas ações que o órgão fez a partir de 2019. “Pegamos a gestão com 22 mil processos de outorgas que estavam parados. Além de facilitar esse procedimento, desburocratizando a documentação, regulamentamos tudo. Assim, conseguimos monitorar a quantidade de água que cada comunidade consome”, pontuou. Fernando Brito representando a Codevasf, apresentou algumas alternativas para ‘produzir’ água, como proteção de nascentes e barraginhas, reciclagem dos resíduos sólidos, cuidar das erosões, proteger leitos do rio, entre outras. O deputado estadual Gil Pereira (PSD) ressaltou que esteve no Ministério de Minas Energia para pleitear energia solar nas comunidades rurais do Norte de Minas para que os poços artesianos possam funcionar através desta tecnologia, e, assim, ajudar o homem do campo.
O deputado estadual Carlos Pimenta (PDT) lamentou que a Codevasf dependa praticamente de emendas parlamentares. “Os deputados investem na região onde tiverem predominância, assim algumas regiões ficam desamparadas”, afirmou. O secretário municipal de Meio Ambiente, Soter Magno, destacou que a escassez hídrica é devido a falta de planejamento. “A nossa região foi pensada para criar gado e plantar eucalipto – duas culturas que suga muita água. Não pensamos em aparar água e cuidar do que temos”, finalizou. (GA)
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