Carla Patrícia Costa
Filha e autora do texto
Dona Zú, como era carinhosamente chamada, personificava a elegância, nao apenas em sua aparência, mas em cada gesto, palavra e atitude.
Desde muito jovem, dominava a arte de ser modelista, com exímio talento que fluía naturalmente de suas mãos, transformando tecidos em verdadeiras obras de arte. Com cortes precisos, ela não apenas criava peças únicas, mas também tecia, com carinho e dedicação, os dias daqueles que amava.
Esposa virtuosa, foi o fio que uniu e fortaleceu os laços do lar, com dedicação serena e amor constante.
Mae dedicada, ela guiava seus filhos com sabedoria, traçando para eles caminhos iluminados por seus ensinamentos. Com delicadeza e firmeza, moldou uma família unida, sendo o alicerce que sustentava e fortalecia cada membro com amor inesgotável .
Alma delicada e singular , se definia como uma observadora sensível da vida. Nos seus momentos de tranquilidade, gostava de escrever as memórias de sua infância capturando as nuances mais profundas e registrando com sensibilidade as mais encantadoras experiências que vivenciava. Dedicava-se também a guardar bilhetinhos e rascunhos de felicitações de aniversário, pequenos gestos que tanto nos alegravam e que ela preservava com carinho, valorizando as lembranças e os afetos compartilhados.
Na sala de aula, destacou-se como uma professora exemplar. Com paciência e maestria, transmitia seu conhecimento como quem borda um tecido delicado, alinhavando cada ensinamento com precisão e carinho. Inspirava não apenas pelo que ensinava, mas pela forma como vivia, com ética, dedicação e paixão.
Agora, sua máquina repousa em silêncio, mas o que ela criou — com tecidos e com a própria vida — jamais será esquecido. Seu exemplo permanecerá costurado na memória de todos que tiveram o privilégio de conhecê-la.
Em nome de toda familia
