A 30ª edição da Expocachaça retorna ao modelo presencial e está sendo realizada na região central de Belo Horizonte, com acesso a partir do meio-dia até a meia-noite e; amanhã (28), até às 22h.
Com cerca de 71 expositores e 80 estandes individuais, deverá movimentar milhões em negócios ao reunir toda a cadeia produtiva do setor, com representantes de 15 estados brasileiros, incluindo fabricantes e fornecedores de garrafas, rótulos, tampas e barris, além de alambiques, moendas, dornas e outros equipamentos.
Retomada
Nascida em 1998, a Expocachaça responde, no conjunto das 29 edições realizadas até agora, por R$ 400 milhões em negócios realizados durante e após o evento, com 2,3 milhões de visitantes.
Para o setor, significa esperança e retomada, pois, devido ao distanciamento social imposto pela pandemia da Covid-19, os produtores da bebida sentiram os impactos com a queda nas vendas, reflexo da redução do número de eventos e do fechamento dos comércios em todo o país e em Minas Gerais.
Este será o primeiro evento de grande porte aberto ao público após a flexibilização das medidas restritivas em BH. Porém, alguns protocolos serão obrigatórios, como o uso de máscara, álcool em gel e medição da temperatura na entrada. A retirada da máscara somente será permitida no momento da degustação de bebidas e alimentos, havendo também limite de público simultâneo.
História
‘Água que passarinho não bebe’, ‘marvada’ e ‘veneno’. São diversos os nomes que tentam traduzir o sabor único e a ardência dessa bebida que é uma das que melhor representam o Brasil: a cachaça.
Mesclando-se à nossa história, o destilado também é um dos patrimônios de Minas Gerais, que celebra a bebida aqui produzida em 21 de maio (Dia da Cachaça Mineira), comemorado desde 2001, tendo sido a data escolhida por marcar o início da safra da cana-de-açúcar, quando foi regulamentada a produção da bebida no Estado.
O Spirits Selection do Concurso Mundial de Destilados de Bruxelas, maior concurso mundial do gênero, premiou 36 cachaças brasileiras na edição de 2020, sendo 10 mineiras.
Região Norte de MG
“Apesar de ser produzida em várias regiões do Estado, é no Norte de Minas que a tradição da cachaça mais se destaca, especialmente nos municípios de Salinas, Taiobeiras e Rio Pardo de Minas, quanto à qualidade e ao significado em termos históricos e culturais. Dos engenhos artesanais à moderna tecnologia, leva o nome do seu povo empreendedor ao mundo”, ressaltou o deputado Gil Pereira.
Salinas é a cidade que mais concentra os produtores mineiros: são 21 ao todo. Tanto que recebeu o título de Capital Nacional da Cachaça, em 2018, por meio de lei federal. Anos antes, em 2012, foi fundado ali o Museu da Cachaça para celebrar a tradição regional da bebida destilada. A Festa da Cachaça também movimenta tanto a cadeia de produção, quanto o turismo regional.
Economia
Minas Gerais é o maior produtor de cachaça em alambique do país (a artesanal, feita em menor escala, mas de melhor qualidade) com 200 milhões de litros por ano, respondendo pela metade da produção nacional, segundo dados da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de MG (Seapa-MG).
Sinônimo de tradição e cultura, sua produção é importante na geração de empregos e renda. A atividade em Minas Gerais mais de 100 mil empregos diretos e cerca de 300 mil indiretos. O Anuário da Cachaça 2020, do Ministério da Agricultura, aponta que Minas possui 375 registros de estabelecimentos produtores de cachaça e também é o campeão em número de registro de produtos (1.286) e de marcas registradas (1.680). (CARLOS HUMBERTO – Colaborador)
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