VINÍCIOS SANTOS

Jornalista

O ano mal começou, mas a verdade é que discussões que vêm desde o ano passado – ou até antes dele – seguem mais afloradas que nunca. Muito provavelmente por ser este um ano eleitoral, elas [as discussões] não se cessarão, nem antes, nem durante e muito menos depois da ida às urnas. E a palavra chave aqui é justamente esta: “discussões”. Há muito tempo que não existem debates, conversas construtivas sobre aquilo que as pessoas não concordam. É aquilo em que acreditam e ponto. Não há outras possibilidades, ao que parece, são todos donos da verdade absoluta.

Questões simples têm sido analisadas de várias maneiras, que são completamente opostas, e cada qual está seguro de ser “o dono da razão”. E, em meio a tudo isso, os mais sábios simplesmente têm se calado. Não se omitido, veja bem, mas evitado entrar em conflitos que visivelmente não levarão a lugar algum. Falam menos, pensam sobre tudo que tem acontecido, tudo que ouvem, e certamente tomarão uma decisão coerente no momento certo.

É fato de que não concordaremos em todos os aspectos. Sempre teremos conhecidos que irão discordar daquilo que defendemos. Mas, muitas vezes, estes conhecidos são nossos amigos, parentes, vizinhos, colegas de trabalho. Que saibamos ter paciência para com estas pessoas, que saibamos debater, conversar sobre diversos assuntos, ou ao menos, preferir a paz ao conflito que não nos leva a lugar algum. Pode ser que, com sabedoria, nós consigamos fazer mais a diferença que com as ofensas que vêm sendo propagadas por todos os lados.