Historicamente, os trabalhadores rurais enfrentam uma série de desafios, incluindo condições de trabalho precárias, salário baixo, discriminação e exploração
ÉLID NORONHA
O dia 17 de Abril é conhecido como o dia Internacional de luta dos trabalhadores do campo, essa data foi escolhida pelos movimentos sociais para celebrar os benefícios que os trabalhadores do campo entregam a sociedade e também para reforçar a luta que percorrem em seu cotidiano.
No Norte de Minas, devido a termos de Geografia e atividade econômica, há uma grande concentração de fazendas, e trabalhadores rurais. O agronegócio corresponde a 22% do Produto Interno Bruto (PIB) de Minas Gerais, a soma total de R$ 205 bilhões foi registrada em 2022, de acordo com a informação mais atual disponível. É fato que onde tem economia girando, tem geração de emprego.
Historicamente, os trabalhadores rurais enfrentam uma série de desafios, incluindo condições de trabalho precárias, salário baixo, discriminação e exploração. Uma das principais lutas dos trabalhadores do campo, atualmente, é a luta pela reforma agrária, que é um conjunto de propostas, medidas e alterações nas leis que promovem a distribuição de terra e vão contra o latifúndio (propriedade agrícola de grande extensão pertencente a uma pessoa, família ou empresa), o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) é o principal grupo social que advoga pela implementação da reforma agrária no Brasil. De acordo com a finalidade do movimento, o objetivo do MST não é apenas garantir terra para seus membros, como acreditam, mas principalmente combater a concentração de terras nas mãos de poucos proprietários.
Além da questão da terra, os trabalhadores do campo frequentemente lutam por melhores condições de trabalho e direitos trabalhistas. Muitos são empregados em atividades agrícolas sazonais, enfrentando longas jornadas de trabalho com pouca remuneração e falta de proteção social. Organizações sindicais e movimentos sociais têm se mobilizado para defender os direitos dos trabalhadores rurais e pressionar por políticas que garantam condições de trabalho dignas e justas. Inclusive, Minas Gerais é o estado líder em pessoas resgatadas do trabalho escravo, e a grande maioria se concentra em áreas rurais, em Abril de 2024, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) liberou a “lista suja”, onde constam nomes das empresas que ofereciam péssimas condições de trabalho aos seus funcionários, que foram resgatados.
A valorização dos trabalhadores do campo é de suma importância, pois são essenciais para a sustentabilidade da sociedade como um todo, fornecendo alimentos, sustentando economias locais, preservando o meio ambiente e promovendo a coesão social e cultural nas comunidades rurais.
Conversamos com Jaelson Gomes, trabalhador do campo de 34 anos, ele conta do orgulho e paixão pela profissão que exerce desde os 13 anos de idade.
-“Eu nasci e cresci na roça, em uma pequena propriedade rural. Minha vida sempre esteve ligada a agricultura e pecuária, desde muito jovem, ajudando o meu pai nos serviços da fazenda. Eu vejo meu trabalho no campo como essencial. Nós, trabalhadores rurais, somos responsáveis por produzir os alimentos que chegam às mesas das pessoas todos os dias. É uma responsabilidade imensa, mas também motivo de grande orgulho.”
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