Destinações do IR fazem a diferença em tempos de incertezas nas doações - Rede Gazeta de Comunicação

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Destinações do IR fazem a diferença em tempos de incertezas nas doações

CRIANÇAS COM CÂNCER NA ONDA ROXA

Todos sabem que muitos serviços estão suspensos durante a onda roxa em Minas Gerais, medida mais restritiva para conter o coronavírus. No entanto, serviços essenciais não podem parar. É o caso da Fundação Sara, instituição que acolhe, em Montes Claros e Belo Horizonte, crianças e adolescentes de todo o estado que estão em tratamento contra o câncer. A instituição oferece, gratuitamente, hospedagem, alimentação, transporte até hospitais e laboratórios, custeio de exames e muitos outros serviços. Tudo isso para que os assistidos tenham a segurança de realizar o tratamento, que não pode ser interrompido, mesmo durante a pandemia.

Os cuidados com a proteção dos assistidos precisam ser redobrados, pois além de possuírem imunidade baixa devido ao tratamento, eles têm uma rotina de tratamento que faz com eles estejam mais expostos.  Outro cuidado que não pode ser relaxado é com os recursos para continuar mantendo todos os serviços. E como o momento é de muita incerteza na economia, contar com as destinações vindas dos declarantes de Imposto de Renda é uma das alternativas. Muitas pessoas não sabem, mas é possível ajudar instituições de amparo a crianças e adolescentes, como a Fundação Sara, com parte desse dinheiro, sem nenhum custo para o declarante.

A iniciativa é amparada pela Lei Federal 8.069/90, que permite a destinação por meio do Fundo da Infância e da Adolescência – FIA. Portanto, se você declara Imposto de Renda no formulário completo e tem restituição ou imposto a pagar, você pode participar e destinar recursos, beneficiando-se da lei. O valor destinado ao FIA é automaticamente deduzido do Imposto total a pagar. No caso de quem tem imposto a restituir, o valor destinado ao FIA é acrescido à restituição.

A superintendente executiva da Fundação Sara, Silvana Amorim, explica.  “Ao invés de deixar todo o dinheiro com o governo, o declarante tem a opção de destinar 3% do valor devido para o Fundo da Infância e Adolescência, que por sua vez repassa às instituições cadastradas, como a Fundação Sara. Consequentemente, o declarante estará apoiando uma instituição que conhece e poderá acompanhar onde os recursos foram investidos. É uma iniciativa amparada por lei, é fácil de fazer, pois é no próprio formulário da declaração, e sem custo nenhum para o declarante, ou seja, basta querer fazer”.

De acordo com a Receita Federal, em 2020, Minas Gerais recebeu de destinação para os fundos municipais o valor de 9 milhões, enquanto poderia ter recebido mais de 300 milhões, ou seja, uma média de 3% do potencial de arrecadação.