Um hábito comum para inúmeras pessoas é ter uma ‘farmacinha’ em casa para alívio imediato de sintomas leves, como alergias, dores de cabeça e resfriados. Comprimidos, pomadas, xaropes, colírios e sprays são os principais itens que compõem a reserva caseira de medicamentos. Contudo, é fundamental observar a data de validade dos medicamentos, pois, passado esse prazo, eles não só podem deixar de fazer ou diminuir o efeito esperado, como também podem causar problemas de saúde ou efeitos indesejados. Mas, você sabe como fazer o descarte correto desses itens? Será que despejar no lixo comum, na pia ou no vaso sanitário é a melhor maneira?
A farmacêutica, Raíssa Ferreira Almeida, enfatiza que não se deve jogar qualquer medicamento no lixo, na pia ou no vaso sanitário. “O ideal é que os produtos fora do prazo de validade sejam entregues em pontos de coletas nas farmácias e nas drogarias, cujo direcionamento será realizado de forma correta e sem possibilidades de danos às pessoas e ao meio ambiente”.
Para fazer o descarte correto, é indicado deixar os medicamentos em sua embalagem primária, ou seja, nas cartelas de comprimidos, cápsulas, tubos de pomadas e cremes ou frascos.
Programa de Logística Reversa
Quando o medicamento é colocado no lixo comum, o produto vai para aterros sanitários e pode contaminar o solo e a água, devido a algumas substâncias tóxicas presentes nos remédios. Sem contar os riscos de quem manipula o lixo, como catadores e garis, que podem ter contato direto com as substâncias em decomposição, colocando a saúde em risco. Já na rede doméstica de esgoto, os sistemas de tratamento não conseguem eliminar os itens tóxicos, os quais podem contaminar a água e o solo, causando diversos riscos aos seres vivos, que vão desde quadros de intoxicação até o desenvolvimento de bactérias multirresistentes.
Assim que recebe os remédios vencidos, o farmacêutico faz a sua armazenagem em uma lixeira exclusiva para esse fim. Itens que ainda estão dentro do prazo de validade, mas que não serão utilizados, também podem ser levados aos pontos de coleta. Um bom exemplo disso é o Programa de Logística Reversa do Grupo DPSP, união de duas redes de farmácias.
O processo consiste no recolhimento do material por uma empresa parceira especializada e a incineração do material. Os resíduos gerados não representam mais riscos à saúde das pessoas e ao meio ambiente. “Ao descartar uma substância potencialmente prejudicial de forma adequada, estamos fazendo o nosso papel e contribuindo para a preservação do ecossistema. Agora você já sabe: nada de jogar remédios vencidos no lixo, na pia ou no vaso sanitário”, completa a farmacêutica.
A companhia disponibiliza as quase 1.400 lojas da rede para a coleta desses itens e, desde o início da ação, já recolheu aproximadamente 5 toneladas de medicamentos vencidos ou em desuso. Além de medicamentos, também são coletadas pilhas, em parceria com empresas gestoras de logística reversa de eletrônicos e baterias.
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