Desassoreamento da Lagoa do Interlagos dependerá de repasse da Copasa - Rede Gazeta de Comunicação

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Desassoreamento da Lagoa do Interlagos dependerá de repasse da Copasa

A Câmara Municipal de Montes Claros promoveu nessa quinta-feira (15), Audiência Pública para discutir sobre o desassoreamento da Lagoa do Interlagos – o evento foi de iniciativa do vereador Valdecy Contador (Cidadania), que destacou a falta de limpeza no local, o que resultou no assoreamento, dificultando o escoamento da água. Não obstante, o quê se viu foi o quê o Jornal Gazeta antecipou na semana passada: dependerá da verba a ser passada pela Copasa. Desde o ano de 2016 os moradores sofrem com essa luta.

A Lagoa Interlagos, também conhecida como Lagoa da Pampulha, foi construída no fim dos anos 70, a partir do Córrego Melancias, e se tornou um importante ponto de lazer para a população de Montes Claros, recebendo eventos como a já tradicional comemoração de Réveillon da cidade. O local também é utilizado diariamente para a prática de atividades físicas e, em seu entorno, existem diversos estabelecimentos comerciais, como restaurantes e salões de festas.

Segundo o vereador Valdecy Contador, a falta de escoamento das águas da lagoa resulta em inundações nas áreas próximas, como é o caso das ruas 15 e Clemente Barbosa, localizadas nos bairros Parque da Pampulha, Santa Laura e JK. Ainda de acordo com o vereador, a ideia é que, sejam removidos resíduos e sedimentos que foram acumulados ao longo dos anos no fundo da lagoa. Assim minimizaria as inundações decorrentes do transbordamento pluvial.

“Nos últimos anos foram muitas as solicitações feitas por mim e por essa Casa Legislativa, visando buscar melhorias para o local. Através do meu gabinete, elaboramos vários ofícios e requerimentos com demandas relevantes envolvendo a Lagoa do Interlagos”, afirmou o parlamentar.

O presidente da Associação Amigos da Lagoa, Wilton Mendes Pereira, pontuou que além das enchentes, na época da seca, a Prefeitura queima as tábuas que ficam no lago, e que a fumaça acaba gerando problemas de saúde para os moradores da região. Além disso, as tábuas soltam um tipo de lã que encadeia problemas respiratórios. “Também outro problema que estamos enfrentando é com a obra inacabada da revitalização da lagoa. Deixaram as obras pela metade: fizeram um banco de areia que caiu todo dentro da lagoa com as chuvas. Outro ponto é o calçamento que retiraram, afirmando que seria construído outro no local, entretanto não fizeram e agora o local está só a lama”, denunciou o presidente.

De acordo com o secretário municipal de Infraestrutura, Vanderlino Silveira, o município está iniciando o trabalho de desassoreamento de fora para dentro. Ou seja, asfaltando as ruas do bairro para que a lama não caia dentro da lagoa, e com asfalto que aguente enxurradas. O secretário ainda disse que o processo de desassoreamento não é barato e que é necessário fazer um estudo a respeito do nível da água – se estiver acima, é preciso uma logística para retirar a água.

O secretário municipal de Meio Ambiente, Sóter Magno, também frisou que a obra tem alto custo, no entanto, não é impossível de ser feita. Entretanto não deve ser realizada de forma rápida para não trazer mais prejuízos para a população. Outro ponto abordado por Magno é a questão da licença ambiental que o município precisa para realizar o trabalho no local. “A Lagoa Interlagos transformou em depósito de resíduos de todos os tipos”, disse.

O vice-prefeito de Montes Claros, Guilherme Guimarães, lembrou que a última limpeza feita na lagoa foi há 30 anos, com o então prefeito Mário Ribeiro. O vice-prefeito disse que o primeiro ponto para o desassoreamento é abrir as comportas para o escoamento da água. No entanto, a comporta está enferrujada e corre o risco dela abrir e não fechar. “Temos que ver com o Ibama uma forma de arrumar essa comporta e dentro da capacidade técnica, ambiental e financeira, buscaremos soluções para melhorar a lagoa e a vida dos moradores da região, concluiu Guimarães.

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