Deputado da capital usa modelo de Moc para projeto de profissões - Rede Gazeta de Comunicação

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Deputado da capital usa modelo de Moc para projeto de profissões

O deputado João Vitor, de Belo Horizonte, apresentou na Assembleia Legislativa, a Proposta de Emenda a Constituição PEC 37/19, que insere no currículo do ensino médio das redes públicas e privadas a disciplina sobre profissão, carreira e mercado de trabalho, com uma discussão para as pessoas e governos. O curioso é que sua iniciativa tem origem em Montes Claros, pois ele foi inspirado na dissertação de mestrado da professora Elbe Brandão com o tema “Mecanismo de enfretamento a evasão no ensino superior público realizado em cursos da Unimontes”. A PEC foi aprovada e agora aguarda a sua promulgação.

A professora explica que “os jovens são preparados para passar no vestibular e não para saber o que querem. Do outro lado está o custo exorbitante para a sociedade da evasão nas escolas. Entre as perguntas realizadas aos alunos se sabiam quanto cada um custa para a sociedade no processo de formação, nenhum sabia. Se soubessem teriam maior responsabilidade na escolha do que fazer. Importante ressaltar que ao atingir a rede privada de ensino ocorrerá de fato uma universalização da temática em Minas Gerais”, explica a coordenadora.

Ela lembra que “cabe ressaltar que o Conselho Estadual de Educação tem autonomia plena na construção curricular e somente através de uma PEC pode-se inserir novos conteúdos. A PEC requer aprovação de 2/3 dos deputados, ou seja, a própria coalização da Assembleia Legislativa de Minas Gerais já demonstra a importância do tema. Uma vitória para o ensino de Minas Gerais, diante do cenário de queda da educação brasileira de cinco posições no ranking mundial”.

No projeto, o deputado explica que “a evasão no ensino superior é um problema internacional, que afeta os sistemas educacionais e constitui-se em grande desafio para todas as instituições de ensino superior – IES -, com destaque para as públicas, nas quais o prejuízo é maior. Estudar os fatores que levam à evasão nas universidades e apontar alternativas para minimizá-la é de suma importância, considerando que são raríssimas as IES brasileiras que possuem um programa institucional de combate à evasão, e as perdas provocadas são desperdícios sociais, acadêmicos e econômicos”.

Segundo o deputado, o estudo aponta que a evasão é um fenômeno social complexo e que sua média, no conjunto formado pelas IES no Brasil, atinge 22%. No ano de 2008, a quantidade de matrículas foi de 5.080.056, considerando a média apresentada, e houve cerca de 1.117.612 alunos evadidos. O alto índice de evasão deixa claro que o problema não é exclusivo do aluno, mas está relacionado com o sistema educacional, a família, as condições sociais, a própria escola, entre outros fatores. (Girleno Alencar)