Entenda imbróglio entre Atlético e Cuiabá por Deyverson e ‘treta’ entre Denilson e o cantor Belo, que durou mais de 23 anos e foi resolvida com acordo milionário
Ex-jogador e hoje comentarista esportivo, Denilson Show comparou a dívida do Atlético com o Cuiabá pela contratação do atacante Deyverson, em agosto deste ano, ao longo imbróglio que ele teve com o famoso cantor de pagode Belo. O ex-atacante processou o músico, ex-amigo dele, por mais de 23 anos – de 2000 ao final de 2023 -, quando a Justiça de São Paulo encerrou o caso. O motivo era uma dívida milionária relativa a antiga parceria comercial entre os dois.
“Fiquei 20 anos cobrando para receber, e está tudo certo agora, mas demorou. Então você (Cristiano Dresch, presidente do Cuiabá) está certo, não deixa cair no esquecimento não, cobra mesmo, quem deve tem que pagar, você está no seu direito. O certo é o certo e o errado é o errado, isso não vai mudar nunca”
A briga ocorre desde 2000. Denílson investiu para agenciar a banda Soweto, que era um sucesso gigantesco no Brasil. Contudo, Belo, o grande astro do grupo, saiu para seguir carreira solo. O ex-jogador entrou na Justiça. Várias foram as ordens de bloqueio e penhora de bens do cantor. Além disso, Belo teve penhora da premiação do quadro “Dança dos Famosos”, da Rede Globo, e bloqueios de valores de shows.
“Belo e eu conversamos e, de forma amigável, chegamos a um acordo. É de suma importância ressaltar a todos que nossas divergências nunca foram pessoais, ao contrário, elas eram – e portanto não são mais – no campo jurídico. Como homens, adultos e profissionais que somos, era importante colocar fim a esse imbróglio que nos afastava há mais de 20 anos. Hoje, com alegria, damos por encerrado esse assunto. Muito obrigado a todos os envolvidos. Agora é olhar pra frente. Acabou!”, escreveu Denílson à época.
Entenda imbróglio entre Atlético e Cuiabá
O Galo acertou a contratação do centroavante por R$ 4,5 milhões, que foram divididos em cinco parcelas. A primeira, de R$ 500 mil, foi quitada e utilizada para concretizar a liberação do atleta junto à Confederação Brasileira de Futebol (CBF). No entanto, o Atlético não pagou os outros R$ 500 mil que venceram em 15 de setembro. As outras três parcelas tinham vencimento em 2025, mas o contrato prevê o adiantamento em caso de calote, segundo o Cuiabá. O Cuiabá rejeitou a proposta feita pelo Atlético para o pagamento de uma parcela atrasada referente à compra do atacante Deyverson. O clube mato-grossense informou ao No Ataque que resolveu acionar a Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD). “Vamos entrar com a ação nos próximos dias. O Atlético quer pagar somente a parcela vencida”, disse o presidente do Cuiabá, Cristiano Dresch, nesta sexta-feira (11/10), em contato com a reportagem.
