Há exatamente 10 anos, o ex-goleiro Vitor era ‘canonizado’ no Estádio Independência. O momento crucial para campanha do título da Libertadores do Atlético-MG em 2013 aconteceu no dia 30 de maio, no jogo de volta contra o Tijuana (MEX), nas quartas de final, em Belo Horizonte.
Depois de um 2 a 2 no jogo de ida, um resultado considerado bom, o Galo foi sufocado pelos mexicanos em casa. O Tijuana saiu na frente no placar, a equipe mineira arrancou um empate, e um pênalti já nos acréscimos fez acelerar o coração do torcedor.
Segundo a crítica esportiva da época, a atuação do goleiro naquela noite foi o pilar da conquista, já que o time recheado de nomes de peso, como Ronaldinho Gaúcho, Diego Tardelli, Bernard e Jô não brilhou como se esperava.
A estratégia do Tijuana no jogo era clara: marcar e esperar pelo erro do adversário. Aos 25 minutos, Riascos – um dos personagens principais dessa história – abriu o placar. Um golaço. Passado o desespero depois do gol, Ronaldinho Gaúcho cobrou falta e Réver deixou tudo igual, de cabeça.
No segundo tempo, Victor fez seu primeiro ‘milagre’ ao defender o chute de Piaceno, cara a cara com o gol, depois de uma falha do sistema defensivo. O time estava desestabilizado, e ainda sofreu com uma bola na trave e uma finalização perigosa.
Aos 48 minutos do segundo tempo, quando o atleticano via o projeto estrelado por um fio, o silêncio dominou o Horto. Leonardo Silva tentou frear Aguilar, que aparecia sozinho na cara do gol, e a arbitragem marcou o pênalti.
Riascos partiu com segurança para a batida. Victor caiu para a direita, e a bola caprichosamente foi a meia altura, no meio do gol.
O pé esquerdo, no entanto, ficou, e foi ele quem afastou a eliminação do Galo. Nesse momento, o goleiro passou a ser ‘São Victor’.
Em 2021, Victor foi presenteado com uma réplica da chuteira que utilizou no jogo pela fornecedora de materiais esportivos como homenagem. A original está no Centro Atleticano de Memória. A bola foi para a coleção particular de Victor, mas o paradeiro das luvas é desconhecido.
Neste ano, o goleiro conseguiu recuperar a camisa utilizada na data. Ela havia sido trocada com Alfredo ‘Chango’ Moreno, que a manteve em sua coleção pessoal. Depois da morte do ex-jogador, vítima de câncer, a peça chegou a um colecionador, que a entregou para o ex-goleiro e hoje gerente de futebol do Atlético-MG. (Superesportes)
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