A Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), que desde 2019 é dirigida por uma mulher, a pesquisadora da área de Ciência e Tecnologia de Alimentos Nilda de Fátima Ferreira Soares, conta com a participação feminina nas diferentes áreas de atuação. O ensino merece destaque. Em 2022, a instituição passou a oferecer cursos de nível superior, por meio dos institutos Tecnológico de Agropecuária de Pitangui (Itap) e de Laticínios Cândido Tostes (ILCT).
No último sábado (11/2), foi comemorado o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU). Para celebrar a data, pesquisadoras do Itap, onde é disponibilizado curso pioneiro no Brasil em Tecnologia de Agropecuária de Precisão, contam suas histórias de dedicação à carreira acadêmica.
Formada em medicina veterinária pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Ana Júlia Rezende do Sacramento chegou a Pitangui em 1990, época da criação do então Instituto de Agropecuária e Cooperativismo (Itac). “Na cidade, que fica a 120 quilômetros da capital mineira, inaugurava-se a escola Agrícola da Epamig. A convite de uma professora muito querida, a Dra. Laura de Sanctis, vim trabalhar como professora e formadora de técnicos agrícolas. Desenvolvemos trabalhos e estudos nas áreas de suinocultura, avicultura, piscicultura e apicultura”, conta.
Desde o começo no Instituto, Ana Júlia aliou sua evolução profissional (mestrado em zootecnia, bolsa internacional e cursos complementares) e pessoal à missão de orientar futuros técnicos. “Nesta escola, vivenciamos experiências frutuosas e consolidamos a vocação dos jovens para a agricultura e para a zootecnia. Também aqui, conheci meu marido, temos uma filha linda, que se chama Laura, um presente de Deus para nós!”, conta.
Além das aulas no curso de Agropecuária de Precisão, a pesquisadora integra as Câmaras Técnicas de Apicultura e de Suinocultura e o Certifica Minas Mel. “Tenho um amor grande pela profissão e sou realizada por colher muitos frutos por todos os lugares onde tive a oportunidade de mostrar o meu trabalho”. Já a zootecnista Margareth Evangelista Botelho chegou à instituição para integrar a equipe docente do curso superior.
“Sou natural de Unaí (MG) e desde criança tenho contato com o meio rural. Meus avós eram pecuaristas e meus pais também trabalhavam na roça. Já na infância descobri minha afinidade com a área, principalmente, com a produção animal. Como minha mãe era professora, tive bastante incentivo para estudar e me aprimorar. Por volta dos 13/14 anos já havia definido que queria fazer graduação, mestrado e doutorado. Ingressei na Universidade Federal de Viçosa (UFV), em 2009, e já na sequência fiz o mestrado e o doutorado”.
Margareth iniciou a carreira acadêmica após o doutorado e um período de quarentena em função da pandemia. “Comecei a dar aula no curso de agronomia de uma faculdade na cidade onde eu residia. A disciplina contemplava diversas áreas, além da zootecnia especificamente”, conta.
Sobre a atuação no curso de Agropecuária de Precisão, a professora afirma que “tem sido um desafio visto que é um curso novo e pioneiro no Brasil. Contudo, tem sido muito empolgante poder fazer esse link entre o meio agropecuário e a tecnologia. A cada aula temos a oportunidade de mostrar aos alunos, e de aprender com eles também, não apenas como equipamentos e tecnologias existentes no mercado que estão sendo empregadas, mas também os princípios de funcionamento”.
E se mostra otimista: “Estamos expandindo os horizontes da agropecuária no Brasil, buscando tornar a produção menos laboriosa e o meio rural mais competitivo, eficiente e sustentável”.
As inscrições para os cursos superiores de Tecnologia em Agropecuária de Precisão da Epamig Itap ( www.epamig.br/itap/processoseletivo), em Pitangui, e em Laticínios da Epamig ILCT (www.epamig.br/ilct/processoseletivo), em Juiz de Fora, estão abertas até o dia 17/2. São oferecias 40 vagas para cada curso. A seleção e classificação dos candidatos se dará pela nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), nos anos de 2019, 2020, 2021 ou 2022. Os cursos, gratuitos, são presenciais e requerem estágio supervisionado obrigatório. O regime acadêmico é em tempo integral com duração de seis semestres letivos. (Agência Minas)
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