Darcy Ribeiro nasceu em Montes Claros, no dia 26 de outubro de 1922. Filho de Reginaldo Ribeiro dos Santos e de Josefina Augusta da Silveira, ficou conhecido por sua contribuição à causa indígena e à educação no país.
Frequentou, em sua cidade natal, os estudos fundamentais e o secundário no Grupo Escolar Gonçalves Chaves e no Ginásio Episcopal. Já adulto, começou a estudar Medicina. Contudo, durante o curso, aconteceu algo que mudaria o destino de sua vida: ao cursar a disciplina de Ciências Sociais, decidiu dedicar-se a essa área do conhecimento, deixando para trás os planos de ser médico.
Foi dessa maneira que, em 1946, formou-se em Antropologia, direcionando seus primeiros anos de vida profissional ao estudo de várias tribos indígenas do país, localizadas no Pantanal, no centro-oeste brasileiro e na Amazônia.
Atuante na defesa da causa indígena, fundou o Museu do Índio na década de 1940. Nesta instituição, atuou como diretor até 1947. O local, atualmente, reúne mais de 20 mil objetos contemporâneos, expressões da cultura material de 150 povos indígenas brasileiros.
Ele colaborou, também, na criação do Parque Indígena do Xingu. O espaço abriga 16 etnias: Aweti, Ikpeng, Kaiabi, Kalapalo, Kamaiurá, Kĩsêdjê, Kuikuro, Matipu, Mehinako, Nahukuá, Naruvotu, Wauja, Tapayuna, Trumai, Yudja e Yawalapiti.
Como educador, Darcy Ribeiro atuou, em 1955, como professor de etnologia da Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil, no Rio de Janeiro. À época, teve uma participação ativa, juntamente com o educador e jurista Anísio Teixeira, na defesa da Escola Pública, por ocasião da discussão da Lei de Diretrizes e Bases da Educação.
Em 1959 foi, a pedido do então presidente Juscelino Kubitschek, responsável por planejar a Universidade de Brasília. Dois anos depois, em 1961, exerceu a função de primeiro reitor daquele educandário.
Darcy Ribeiro foi autor de diversos livros, abordando a questão indígena e a educação. Em 1957 publicou os livros “Arte plumária dos índios kaapor”, um registro da vida e dos costumes daquela tribo, e “Uirá sai à procura de Deus”, obra de ficção baseada na vida indígena.
Na área educacional, Darcy escreveu “A Universidade Necessária”, uma análise em profundidade das tentativas de reforma e de adequação das estruturas universitárias às necessidades nacionais.
Décadas depois, em 2018, foi lançada a obra póstuma “Educação como Prioridade”, uma compilação de artigos de sua autoria publicados em livros, revistas e jornais, onde Darcy expõe suas ideias críticas ao sistema de ensino aplicado no Brasil. Em 8 de outubro de 1992 foi eleito imortal pela Academia Brasileira de Letras, ocupando a cadeira nº 11. Darcy Ribeiro faleceu em 17 de fevereiro de 1997, deixando uma marca indelével na cultura nacional e levando o nome de Montes Claros para o Brasil e o mundo. (Ascom PMMC)
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