O Hospital Dilson Godinho (HDG) mais uma vez se destaca pela inovação e dedicação à saúde da comunidade de Montes Claros e região. Com o compromisso de fornecer assistência médica humanizada e integral, o HDG anuncia a criação da primeira equipe de cuidados paliativos intra-hospitalar entre os hospitais da cidade.
O HDG é pioneiro em todo o norte de Minas na modalidade de interconsulta com equipe especializada para os pacientes internados. Segundo a Academia Nacional de Cuidados Paliativos (ANCP), uma equipe especializada de cuidado paliativo requer profissionais atendendo de forma integral o paciente e seus familiares, atuando em toda a linha de cuidado e deve ser composta por médico, enfermeiro, psicólogo ou assistente social, com jornada de trabalho especificamente dedicada para este fim.
Além da importância assistencial, uma Equipe de Cuidado Paliativo Especializado tem papel importante na mudança de cultura local, promovendo educação formal e informal sobre Cuidado Paliativo no meio onde está inserida.
Desde a criação da equipe, ela vem realizando o trabalho de capacitação e atuação entre os colaboradores do HDG, o que já soma mais de 100 pacientes e familiares atendidos durante a internação.
A ideia de criar uma equipe de Cuidados Paliativos na modalidade de interconsulta para os pacientes internados no HDG foi da atual diretoria da Instituição, tendo como princípio o slogan: HDG: Um Jeito Humano de Cuidar de Você!
“O Hospital Dilson Godinho sempre trabalhou entre suas equipes assistenciais, a ideia de universalização, igualdade e respeito entre todos os seus pacientes, sem diferença entre usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), convênios e particular. Nos cuidados paliativos também não é diferente. Sempre nos pautamos pela humanização, carinho e integridade dos nossos pacientes, ainda mais em um momento tão difícil em que estão. O cuidar com amor faz toda diferença”, explica o diretor-presidente Helder Leone Alves de Carvalho.
A médica paliativista doutora Larissa Giovana Barbosa Souto, que tem formação especializada em medicina paliativa, conta que recebeu o convite do diretor-presidente Helder Leone, para a implementação deste serviço no mês de março deste ano. E trouxe para juntar-se à equipe, a enfermeira Laurita Antonielle Alves e a psicóloga, Maria Jeane Camargo.
“A finalidade do grupo de cuidados paliativos é promover atendimento interprofissional, com o objetivo de melhorar à assistência ao paciente com doença ameaçadora à vida e que esteja internado no HDG. A Instituição também é pioneira quando se trata de Cuidados Paliativos, pois conta com o ‘Projeto Mãos que Cuidam’ há 15 anos, que hoje tem a enfermeira Erika Romina, responsável na prestação de serviços de atendimento domiciliar a paciente com doenças oncológicas avançadas”, ressalta a médica paliativista Larissa Giovana Barbosa Souto.
A equipe coordenada pela doutora Larissa Souto idealiza para o futuro, a expansão da composição da equipe para poder atender um número ainda maior de pacientes e familiares que vivenciam a internação em fases cada vez mais precoces da doença.
“Queremos num futuro próximo, ofertar o serviço também no ambulatório. Uma vez que o maior objetivo do cuidado paliativo é melhorar a qualidade de vida e, idealmente, oferta-lo desde o diagnóstico de uma doença que ameace a continuidade da vida do paciente”, pondera a coordenadora.
Definição de Cuidados paliativos
Segundo a definição da Organização Mundial da Saúde (OMS) de 2018, “Cuidados Paliativos consistem na assistência promovida por uma equipe multidisciplinar, que objetiva a melhoria da qualidade de vida do paciente (adultos e crianças) e seus familiares, diante de uma doença que ameace a vida, por meio da prevenção e alívio do sofrimento, identificação precoce, avaliação impecável e tratamento de dor e demais sintomas físicos, sociais, psicológicos e espirituais”.
Considerando informações da Academia Nacional de Cuidados Paliativos (ANCP), no Brasil existe muito desconhecimento sobre conceitos básicos de cuidados paliativos, que ainda é confundido com eutanásia, por exemplo, ou mesmo o preconceito quanto ao uso de opioides, como a morfina, para o alívio da dor. Devido a fatores como este, ainda são poucos os serviços de cuidados paliativos no país, sendo menor ainda o número daqueles que oferecem atenção baseada em critérios científicos e de qualidade.
Modalidade de interconsulta
O público alvo são os pacientes e seus familiares no contexto de internação hospitalar (a maioria com doença oncológica, cardiovascular e idoso frágil). A equipe atua na modalidade de interconsulta, ou seja, como uma equipe de apoio aos demais profissionais auxiliando na construção do plano de cuidados individualizado para cada paciente.
O objetivo é auxiliar no manejo de sintomas complexos no âmbito físico, como a dor e de outras esferas como a parte social, espiritual e emocional. A equipe também auxilia na condução de notícias difíceis quando necessário e no acolhimento deste paciente e familiares.
Doutora Larissa ressalta a importância da equipe multiprofissional para a abordagem dos Cuidados Paliativos. “Contamos com o apoio dos demais profissionais assistenciais do HDG, como nutricionistas, fonoaudióloga e assistente social. Semanalmente, a equipe reúne com os demais profissionais para realizar discussão dos casos clínicos e criação de estratégias para os cuidados de cada paciente. Conta também com a participação efetiva dos acadêmicos de Medicina integrantes da Liga Acadêmica de Cuidados Paliativos da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) que realizam estágio extracurricular sob a supervisão da equipe”, finalizou a coordenadora.
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