Os torcedores do Cruzeiro renovaram as esperanças de classificação às semifinais do Campeonato Mineiro com a atuação da equipe no clássico contra o Atlético, segunda-feira (13), no Independência, pela quinta rodada. O time abriu o placar aos 16 minutos do segundo tempo, em finalização de Bruno Rodrigues, e só levou o empate por 1 a 1 aos 37, em cobrança de falta de Hulk, na qual o goleiro Rafael Cabral saltou com atraso e não conseguiu defender.
As observações de quem acompanhou a partida no Horto é que a Raposa se portou muito bem defensivamente ao diminuir os espaços para os atacantes alvinegros, além de pressionar a saída de bola e obrigar zagueiros, laterais e volantes do time adversário a darem chutões.
Contudo, o resultado em si não foi interessante para o clube celeste, que chegou a cinco pontos em cinco rodadas, com 33% de aproveitamento, e corre o risco de não terminar o Grupo C na liderança.
O retrospecto de uma vitória, dois empates e duas derrotas em 2023 representa o pior começo do Cruzeiro no estadual em quase 70 anos. Conforme pesquisado pelo Superesportes, foi preciso chegar à edição de 1955 – à época denominada Campeonato da Cidade – para verificar uma campanha inferior.
Na ocasião, o time ganhou um jogo, empatou um e perdeu três nas cinco rodadas iniciais. O mau desempenho prosseguiu por toda a competição, e o clube finalizou em sexto entre nove participantes, ficando fora da segunda fase e do triangular final.
O Cruzeiro também largou mal no Mineiro de 1989, vencendo apenas um dos cinco primeiros jogos – 3 a 1 sobre o Sport de Juiz de Fora, na estreia. No segundo duelo, perdeu para o Valério, por 1 a 0. Em seguida, empatou por 1 a 1 com Nacional de Uberaba, Villa Nova e Tupi.
No decorrer da disputa, a equipe reagiu e terminou o primeiro turno como vice, abaixo do Atlético. Todavia, o rival voltou a ganhar no segundo turno e ficou com a taça. O retrospecto cruzeirense foi de 19 vitórias, sete empates e quatro derrotas em 30 jogos.
Antes do clássico, o Cruzeiro venceu o Patrocinense (2 a 1), empatou com o Athletic (1 a 1) e foi derrotado por América (1 a 0) e Pouso Alegre (1 a 0).
A situação se complicou pelo fato de o Mineiro de 2023 ter formato diferente das edições anteriores – os 12 participantes foram divididos nos grupos A, B e C e só podem encarar equipes de outras chaves, totalizando oito rodadas na primeira fase.
Assim, a Raposa tem pela frente Villa Nova (sábado, 18, às 19h, em Nova Lima), Caldense (quinta-feira, 23, às 16h30, em Poços de Caldas) e Democrata-SL (sábado, 4/3, às 16h30, em Belo Horizonte).
No momento, o Cruzeiro é o terceiro do Grupo C, com cinco pontos. O Tombense lidera com sete, seguido por Democrata-GV, com seis. O Ipatinga, último colocado, com quatro, tem duas partidas a menos – pegará Villa Nova, em 22 de fevereiro, em casa, e Patrocinense, em 1º de março, como visitante.
A explicação para o adiamento das partidas é o imbróglio enfrentado pelo clube do Vale do Aço na Justiça. Sob o argumento de irregularidades na inscrição de atletas, o Betim Futebol acionou os tribunais para tentar ficar com a vaga do Tigre no Módulo I, mas não obteve sucesso.
Conforme o regulamento do Campeonato Mineiro, classificam-se para as semifinais os líderes de cada grupo, além do melhor segundo colocado geral. Neste momento, os times seriam América (1º do B, com 13), Atlético (1º do A, com 13), Tombense (1º do C, com 7) e Pouso Alegre (2º melhor, com 8).
O Troféu Inconfidência, que serve de qualificação para a Copa do Brasil e a Série D de 2024, contará com os clubes posicionados do quinto ao oitavo lugar geral. Já os três piores disputarão a repescagem do rebaixamento, na qual somente o vencedor permanecerá na primeira divisão. (Superesportes)
