Crianças criam projeto para orientar sobre o descarte correto das embalagens de medicamentos - Rede Gazeta de Comunicação

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Crianças criam projeto para orientar sobre o descarte correto das embalagens de medicamentos

Turma do Colégio Marista Arquidiocesano aprende sobre reciclagem e faz campanha entre os estudantes para divulgar a arrecadação de blisters

As crianças do 2º ano do Ensino Fundamental – Anos Iniciais, do Colégio Marista Arquidiocesano, um dos mais tradicionais da capital paulista e que completa 165 anos de sua fundação em 2023, estão produzindo um projeto voltado à sustentabilidade sobre o tema “Reciclagem é necessidade: Vamos juntos remediar a humanidade”, em que mostram preocupação com o descarte das embalagens de medicamentos.

Sob supervisão da professora Aline Marques e da coordenadora pedagógica Lilian Gramorelli, a discussão faz parte do desenvolvimento do Projeto de Intervenção Social (PIS) da turma, uma prática pedagógica Marista que promove o diálogo e o protagonismo, permitindo entender as necessidades humanas e sociais, questioná-las e traçar caminhos para enfrentar as problematizações contemporâneas. O tema teve início a partir de outra atividade do colégio, denominada “Meio Ambiente, te quero por inteiro”, desenvolvida no primeiro trimestre do ano letivo. Os alunos se envolveram com a temática, o que gerou a sugestão para tratar sobre a reciclagem.

Os estudantes, preocupados com o descarte correto de remédios e suas embalagens, convidaram para um bate-papo, Maria Gorette Rebelo Vieira Fernandes, ex-funcionária e voluntária da BASF – empresa alemã multinacional e líder mundial na área química -, responsável pela arrecadação de blisters (ou cartela de comprimidos) na companhia.

Com isso, aprenderam que o material arrecadado é vendido para uma empresa de reciclagem e o dinheiro da venda é destinado a ONGs que cuidam de animais abandonados. As cartelas são consideradas embalagens primárias, pois estão em contato direto com os medicamentos, considerados resíduos perigosos. Por isso, os blisters não devem ser jogados no lixo; pelo contrário, devem ser entregues em pontos de coleta especializados para que sejam levados para a incineração ou reciclagem.

De acordo com a professora Aline Marques, o processo de reciclagem evita que resíduos vão para os aterros, em que podem emitir gases nocivos ao meio ambiente. Além disso, o processo reutiliza materiais para criar novos produtos. “Os blisters, que são triturados e passam por um processo de separação entre alumínio e plástico, são vendidos para outras empresas que produzem diversos materiais como bancos, lixeiras, entre outros utensílios”, explica

Ainda, segundo a docente, após conhecer o processo de reciclagem dos blisters, “a turma elaborou cartazes com dicas de como descartar as embalagens de forma correta e passaram em algumas salas do Arquidiocesano para divulgar o trabalho de arrecadação para reciclagem”.

De acordo com a 6ª edição do Anuário Estatístico do Mercado Farmacêutico, em 2022, foram 5,7 bilhões de unidades de embalagens comercializadas no Brasil – o setor encolheu mais de 5,8%, comparadas às 6 bilhões de unidades comercializadas em 2021. Um relatório da empresa IQVIA, de 2019, revelou que o País é o 6º maior mercado farmacêutico do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, China, Japão, Alemanha e França.