GIRLENO ALENCAR
O Conselho Municipal de Saúde de Montes Claros deliberou em reunião na tarde de quarta-feira que seja recomendado ao prefeito Humberto Souto que decrete lockdown na cidade, com o estado de isolamento rígido e o consequente fechamento de todos os serviços não essenciais, de forma conjunta a programas municipais de assistência às famílias mais desfavorecidas economicamente. Também recomendou que Montes Claros faça a adesão ao Consórcio Público organizado pela Federação Nacional de Prefeitos para a compra de vacinas contra a Covid-19, caso o Plano Nacional de Imunização, coordenado pelo Ministério Público, não seja capaz de suprir toda a demanda de vacinas.
A recomendação, assinada pelo presidente Aparício Fernandes de Oliveira, explica as medidas foram aprovadas considerando a quantidade de vacinas disponibilizadas para Montes Claros, através do Plano Nacional de Imunização, que pode vir a ser insuficiente para atender toda a demanda do município; o atual quadro epidemiológico de Covid em Montes Claros, com o aumento do numero de casos e óbitos e ainda que as medidas implantadas pela gestão municipal até o presente momento têm sido insuficientes para conter com a ocorrência de aglomerações na cidade e, consequentemente, o crescimento da curva de contágio do vírus.
VEREADORA – O curioso é que na terça-feira a vereadora Iara Pimentel, do PT, tinha feito o pedido de lockdown em Montes Claros, em correspondência encaminhada ao prefeito Humberto Souto. Ela cita “aonde vamos, deparamos com o clamor por proteção à vida e à saúde. São perguntas que não temos respostas, por se tratar de decisões do executivo. Montes Claros, segundo palavras da secretária de saúde Dulce Pimenta, em entrevista a uma emissora de TV no dia (02/03/2021), “já atingiu capacidade máxima de ocupação de leitos de UTI para a Covid”. Já são 292 mortos. Segundo a mesma, “não temos vacinas, chegará quantidade apenas para idosos acima de 80 anos”. Ainda na mesma reportagem, ela mostra um quadro de alteração das vítimas da Covid-19. A maior parte dos novos contaminados se encontra entre os jovens e adultos de até 50 anos, a população economicamente ativa, ou seja, a classe trabalhadora. Ônibus lotados, vírus espalhando e sem a perspectiva da imunização”.
Ainda segundo ela, “a secretaria, hospitais de campanha não serão montados, pois não são leitos de UTI, são apenas leitos clínicos, não resolveria o problema atual, onde os pacientes são graves e precisam da UTI. Não investiremos em hospitais de campanha? Categorias cobrando vacinação, denúncias chegando, enquanto idosos e profissionais da linha de frente dos hospitais, ainda aguardam a vacina. Precisamos que todos e todas sejam imunizados. Existe ainda outro problema. As pessoas com comorbidades, grande parte, são do quadro dos que ainda trabalham e dependem de ônibus, precisam trabalhar para o sustento das suas famílias. São portadores de diabetes, cardiopatas, hipertensos, doenças autoimunes etc …”.
Compartilhe isso:
- Clique para compartilhar no Twitter(abre em nova janela)
- Clique para compartilhar no Facebook(abre em nova janela)
- Clique para imprimir(abre em nova janela)
- Clique para compartilhar no LinkedIn(abre em nova janela)
- Clique para compartilhar no Telegram(abre em nova janela)
- Clique para compartilhar no WhatsApp(abre em nova janela)