Conflito Rússia e Ucrânia: como o medo pode impactar nossa saúde mental e física - Rede Gazeta de Comunicação
Conflito Rússia e Ucrânia: como o medo pode impactar nossa saúde mental e física

MARA LEME MARTINS

PhD em psicologia

Com certeza, os níveis altíssimos de adrenalina alteram totalmente o nosso equilíbrio, fazendo com que esse equilíbrio entre as partes fique muito comprometido. Quanto maior o tempo de exposição a situações como essas, maior o comprometimento, causando o que chamamos de transtornos ou o desequilíbrio entre as partes, também chamado como doença.

São vários os transtornos, sendo eles o mais comum é o transtorno de ansiedade generalizada – ou seja, qualquer situação, mesmo que seja pequena, pode desencadear um ciclo muito grande de ansiedade na pessoa, podendo comprometer o sono, alimentação e diversas áreas.

O medo atua fazendo com que as pessoas ponderem riscos e ameaças, tanto físicas quanto emocionais, buscando um bem-estar de uma maneira geral e qualidade de vida também. Imagina uma pessoa não ter medo de saltar de um edifício de trinta andares? O fim seria trágico. O medo é um moderador. Quando ele é exagerado e inapropriado, ele impede a pessoa de viver inúmeras situações.

Sabemos hoje que a depressão, por exemplo, pode desencadear problemas cardíacos, potencializando situações ou pré-disposições, e funcionando como verdadeiros gatilhos. As doenças psicossomáticas, onde o indivíduo descarrega no corpo dores de suas emoções que ele não consegue elaborar.

Um exemplo disso é quando uma pessoa passa por um grande choque ou uma grande perda em um espaço de tempo relativamente pequeno, ela desenvolve doenças consideradas graves. O equilíbrio foi rompido e, com isso, as portas para as doenças se abrem.

Quando é possível, um grande aliado é a mudança de foco, forçando a atenção se voltar para algo leve e saudável. Podendo ser coisas simples como, por exemplo, escutar uma música do seu agrado, ler um livro ou fazer uma caminhada.

O objetivo é que se tire a energia de uma situação desagradável e, naturalmente, aconteça um relaxamento. Mas isso deve ser um hábito, e não algo pontual. Essas são maneiras mais simples e eficazes de se lidar com o estresse baixo ou até médio-baixo, sem comprometimento físico, ou seja, aquele onde o corpo ainda não está “falando”.

Por exemplo, em situações de pânico, as pessoas podem ter taquicardia, insônia, tremores etc. São situações tão reais que ela acredita realmente que algo grave irá lhe acontecer. Quando a pessoa chega a um pronto socorro, os seus sinais estão completamente normais.

É importante saber diferenciar um do outro, pois quando os sintomas já estão em um nível físico, é de essencial importância que um auxílio médico seja feito muito rapidamente para evitar comprometimentos maiores.

Um pilar de fundamental importância em momentos de grande stress é um alinhamento espiritual, a sintonia com algo maior que nós mesmos. Comprovadamente a Fé e a espiritualidade trazem imenso benéfico. Concluímos assim os quatro pilares do ser humano: físico, mental, emocional e espiritual.

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