RICARDO RECCHI
Country manager Brasil, Portugal e Cabo Verde da Genexus by Globant
No último ano, a economia brasileira cresceu, registrando um PIB de 3%, de acordo com o Banco Central (BC). Mas, para 2024, as previsões não são tão positivas. A economia deve desacelerar e, consequentemente, há previsões de que o PIB brasileiro deve recuar, atingindo a marca de 1,6%.
Além disso, de acordo com a pesquisa de Situação Econômica Mundial e Perspectivas para 2024, principal relatório econômico da Organização das Nações Unidas (ONU), a expectativa é de que a média do PIB mundial fique em 2,4%, enquanto o nosso ficará cerca de 1% abaixo desse percentual.
Para o setor de tecnologia, esses dados trazem uma preocupação ainda maior. As empresas do segmento, que só cresce em todo o mundo, necessitam de investimentos constantes para cumprir sua jornada rumo à Transformação Digital e conseguir suprir as demandas de digitalização de diversos setores do mercado.
Com a instabilidade econômica, se torna menos recomendado contratar novas tecnologias, já que projetos deste porte podem acarretar em altos custos e riscos em momentos de tensão e incertezas. Contudo, há alternativas seguras que podem reduzir custos e ainda promover a mão de obra capacitada ao mercado de tecnologia.
Esse, inclusive, é um ponto de atenção para 2024.O Brasil enfrentará um déficit de 530 mil profissionais no mercado de TI, de acordo com pesquisa do Google em parceria com a Associação Brasileira de Startups (Abstartups). Ainda segundo o estudo, uma das razões para essa escassez, além da falta de pessoas qualificadas, é que o mercado internacional, que recebe constantes investimentos, é muito mais atrativo do que o nacional, fazendo com que o país perca talentos.
Nesse contexto, para driblar os altos investimentos em tecnologia e se resguardar dos riscos previstos, além de fomentar a capacitação de profissionais especializados, uma alternativa são as plataformas Low-Code, que permitem aos desenvolvedores criar sistemas de maneira automática, utilizando recursos de Inteligência Artificial e automação.
Por facilitar o desenvolvimento de aplicações, o Low-Code tem uma baixa curva de aprendizado, reduzindo tempo e custo na criação de aplicações.
Ou seja, essa tecnologia possibilita um desenvolvimento de aplicações de forma ágil, pois não depende do uso de muitos códigos e nem de desenvolvedores com conhecimento extenso em linguagens de programação. São características que, em um cenário de crise, permitem às organizações de TI continuarem vendendo seus projetos às organizações de diversos setores que ainda demandam soluções tecnológicas para as suas jornadas de Transformação Digital.
Além disso, o Low-Code é um recurso que tem ganhado cada vez mais adeptos nesta era da digitalização. Segundo os últimos levantamentos do Gartner, essas ferramentas devem movimentar uma receita global de U$ 21 bilhões até final de 2024, o que revela um crescimento exponencial no uso dessa tecnologia.
Portanto, podemos afirmar que fazer novos investimentos ou mudar processos em tempos de recessão pode parecer arriscado. Contudo, é possível encontrar boas alternativas que, invés de levantar riscos, irão, na realidade, mitigá-los, como é o caso do Low-Code, que permite um ROI (Return on Investment) maior se comparado aos outros modelos tradicionais de desenvolvimento de sistemas, além de contribuir com o crescimento de empresas e a formação de novos talentos num cenário de déficit de profissionais qualificados.
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